A
associação liderada por Sulu Sou faz um retrato negro das últimas eleições. E
quer agora que o Governo revele as conclusões a que chegou no relatório sobre o
acto eleitoral. A
Associação Novo Macau considera que as últimas eleições para a Assembleia
Legislativa, realizadas no ano passado, ficaram manchadas por irregularidades e
actos de corrupção.
Numa
carta ontem entregue na sede do Governo, dirigida à secretária para a Administração
e Justiça e ao antigo presidente da Comissão Eleitoral, a ANM apontou alguns
exemplos de ambas as situações: “Vimos escolas autorizarem campanha eleitoral
de algumas listas, de outras não; associações distribuírem prendas e dinheiro
pelos seus membros; e oferta de almoços no dia das eleições”. E, segundo a Novo
Macau, tudo isto aconteceu porque o Governo “não demonstrou determinação na
prevenção e combate à corrupção eleitoral”.
Por
isso, a Novo Macau exige agora ao Governo que elimine as lacunas existentes na
lei eleitoral e crie incentivos a quem denuncie às autoridades incidentes
relacionados com compra de votos.
Pretende
também que o transporte gratuito dos eleitores até às secções de voto seja
proibido e se aumentem as penalidades para quem faça campanha eleitoral,
ilegitimamente, fora do período designado para o efeito.
Finalmente,
defende ainda a Novo Macau que a Comissão Eleitoral esteja permanentemente em
funções (e não apenas nos períodos eleitorais), ao mesmo tempo que reclama a
necessidade da divulgação pública dos relatórios finais sobre as eleições
elaborados pelo governo.
Esta
última exigência já conheceu resposta negativa por parte do Governo. Os
relatórios são documentos internos, sustentam os Serviços de Administração e
Função Pública, e daí que não tenham de ser tornados públicos.
Ponto
Final (mo)
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