Carlos
Tadeu, Setúbal
Bandidos
à Solta, Família do Crime, Jantares do Crime, Cidadãos Acima de Qualquer Suspeita, Os Intocáveis, Submarinos e Árvores das Patacas, Negreiros do Século XXI, Os Filhos da Mãe, Feios Porcos e Maus, Ladrões de
Casaca, Crimes Perfeitos, O Chico Esperto de Boliqueime, Passos Livre de Impostos, A Mentira é Uma Arma...
Há
títulos de filmes que definem bem os comportamentos da casta de políticos e
outros bandidos associados que detêm os poderes em Portugal. Uns ,
eleitos. Outros, não. Mas isso para o caso não tem importância porque as eleições
servem somente para ser uma fachada que legitima membros de autênticas associações
criminosas em que políticos, banqueiros, empresários e outros do mesmo jaez se
resfastelam à mesma mesa a comer aquilo que os portugueses ainda produzem e
pagam em impostos exuberantes e incomportáveis para inúmeras famílias.
A
impunidade da maioria dos elementos desta bandidagem é flagrante. Não há polícias
que lhes leve temor, não há justiça que lhes toque. E se lhes tocar é arredada
através de manigâncias que incompreensivelmente lhes permite viver no fausto e em liberdade. Intocáveis.
Se necessário Presidentes. Ministros. Deputados. Diretores-Gerais,
etc. O que de melhor estatuto sócio-profissional e desempenho de cargos
oficiais existe.
Este
razoado de palavras acima por via de mais uma embrulhada do capítulo Vistos
Gold. Uma invenção com a chancela de Paulo Portas, o ministro submarino e
subterrâneo também em liberdade e acima de qualquer suspeita. São atores deste
calibre que surgem embrulhados em títulos escabrosos de roubo e corrupção na
imprensa portuguesa. Títulos. Só títulos e narrações, porque os casos dão em nada. E se houver alguém
que tenha de se “queimar” – o que acontece raramente – leva um “cheiro” de
reclusão muito ao-de-leve e depois pavoneia-se em Portugal e no estrangeiro em
absoluta liberdade e a viver à custa dos roubos e outros expedientes cujos
prejuízos foram e são de monta - mas que os contribuintes portugueses pagam porque
os seus cúmplices estão instalados nos poderes para isso mesmo. Para
deliberarem e decidirem como melhor aprouverem em defesa das associações
criminosas poderosíssimas que representam e lhes fez o caminho rumo às cadeiras
dos poderes que deveriam de ser da República e da Democracia…
É
assim que de volta e meia vimos, ouvimos e lemos “embrulhos” que não
conseguimos desatar. Agora é o Caso dos Vistos Gold. Ele há ministros, sócios,
ex-ministros, polícias das secretas, diretores… Um ror de gente importante que
sacode a àgua do capote de algo que correu mal e que caiu nas malhas da Polícia
Judiciária. Algo com que os “artistas” não contavam.
Só
pela rama é do conhecimento público. Preparem-se porque vai dar em nada. Mesmo que se “queime”
um ou dois o miolo da associação criminosa continuará impune, ativa e de boa saúde.
Como habitualmente quem se lixa é o mexilhão. Leia-se a seguir o pouco que virá
à tona. Eles comem todos à mesma mesa. Mas isso não é crime. Não é?
Chefe
das secretas identificado em vigilância da PJ a jantar com suspeitos
Secretário-geral
do Sistema de Informações, Júlio Pereira, não era o alvo. Estava a jantar com
dois suspeitos agora detidos.
O
secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa foi
identificado na investigação ao processo dos vistos gold pela equipa da Polícia
Judiciária. Júlio Pereira estava num jantar com Maria Antónia Anes,
ex-secretária-geral do Ministério da Justiça, e António Figueiredo,
ex-presidente do Instituto de Registos e Notariado, ambos detidos nesta
operação. Júlio Pereira não era o alvo da investigação nem suspeito, mas a sua
presença naquele encontro serviu para ajudar a consolidar a dimensão da rede de
influência dos suspeitos. Para os investigadores, o grupo do jantar no Parque
nas Nações seria mais uma pista de ligações potencialmente privilegiadas entre
os que na altura eram suspeitos de crimes relacionados com a concessão dos
vistos dourados e os mais altos dirigentes das secretas.
Ouvido
ontem pelo juiz Carlos Alexandre, o diretor do Serviço de Estrangeiros e
Fronteiras (SEF), Manuel Palos, foi indiciado por dois crimes de corrupção
passiva. Para já, os indícios contra Palos são duas garrafas de vinho e uma
escuta a António Figueiredo, em que o diretor do SEF terá sido referido como
agilizador dos processos de concessão de vistos.
Diário
de Notícias
Marques
Mendes: "Não tenho nada a ver com este assunto" dos vistos gold
“Não
tenho nada a ver com este assunto”. Foi deste modo pragmático que Marques
Mendes comentou o facto de ser sócio de uma empresa de que é também sócio Jaime
Gomes, um dos arguidos no caso sobre a atribuição de vistos gold.
Marques
Mendes falou esta noite à antena da SIC a partir de Moçambique para comentar o
caso em torno das suspeitas de corrupção relacionadas com os vistos gold.
Questionado sobre o facto de ser sócio de um dos arguidos no processo, Jaime
Gomes, na JMF – Projects & Business, o social-democrata é perentório: “não
tenho nada a ver com este assunto”.
Afirmando
que “quem não deve não teme”, o comentador adianta que a sociedade em causa foi
criada em 2009, “muito antes dos vistos gold” e da ‘Operação Labirínto’ que
está a ser levada a cabo. E que já desde 2011 que achava que estava “inativa”.
E vai mais longe: “enquanto sócio, nunca tive uma reunião, um contacto, uma
diligência, nem sequer uma conversa sobre vistos gold”.
Ainda
sobre este caso, o ex-líder do PSD conta que conhece duas das pessoas
indiciadas no caso, algo que lhe causou “uma certa surpresa”, já que “são
pessoas que conheço há muitos anos”, acrescentando que se se apurarem
responsabilidades envolvendo estas pessoas- além de Jaime Gomes, referia-se ao
colega de faculdade António Figueiredo –, tal situação será “um enorme
desgosto”.
Já
sobre o impacto mediático do caso, Marques Mendes percebe que se fique com a
ideia de que “a corrupção no Estado alastra” mas que ainda assim prefere
realçar o lado positivo: “a Justiça funciona”, afirma.
Recorde-se
que desta mesma sociedade, a JMF, faz também parte o ministro da Administração
Interna, Miguel Macedo. Sobre o ministro e amigo pessoal, Marques Mendes diz
que não é uma pessoa “agarrada ao poder” e que “há que separar o plano pessoal
do plano político”, já que ele “não é objeto de nenhuma investigação”. Marques
Mendes disse ainda que não sabe se o ministro pôs ou não o lugar à disposição,
como chegou a ser noticiado.
Pedro
Filipe Pina – Notícias ao Minuto
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Cidadãos
acima de suspeitas e cambalachos à portuguesa após criação dos Vistos Gold –
Ministro Miguel Macedo foi sócio da dona da Golden Vista
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