João
Luís
É
bom viver num país católico, apostólico e romântico. Romântico, João Luís?
Romântico sim. Não é um romance de capa espada o que se passa em Canelas e toda
aquela confusão entre o padre bom e o padre mau?
Ver
toda aquela gente unida contra a substituição de um padre? Não é bonito?
Não
é arrebatador saber que mais depressa mobilizamos gente em torno de um padre
que contra o encerramento de uma escola, de uma junta, de um centro de saúde?
Claro que é.
A
nossa santa televisão tem feito um bom trabalho na moldagem de mentes.
Morreu
um lutador antifascista, combatente pela liberdade, escritor, homem bom? Que é
que isso interessa comparado com o duelo entre Ronaldo e Messi que há semanas
nos vem atormentando?
Há
corrupção nos vistos dourados? Mas tu não vês que o golo foi bem anulado? Que
me interessa os vistos se pelo visto o Fernando Santos não mete o Quaresma de
início?
E,
estamos assim, semana atrás de semana, atrás de semana, atrás de semana.
Já
dizia o “poeta”: A alegria da pobreza / está nesta grande riqueza / de dar, e
ficar contente.
E
defendia o “Botas”, dêem-lhes fado, futebol e Fátima.
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