É
uma medida em favor próprio dos deputados que legislam como se o país fosse só
deles, é uma medida que lhes agrada. Mais e mais mordomias. Um fartar vilanagem
daqueles que nunca se fartam e que às claras ou pela porta do cavalo, em
conluios e nepotismos, em corrupções e em lobies, chegam à política pobres e
enriquecem deslumbrados.
Agora era a reposição das chamadas subvenções aos
deputados, como se eles fossem uns pobrezinhos, como se eles ao saírem do
desempenho de deputados não tenham a sua rede de interesses preservada e suas
contas bancárias ou da família a abarrotar. Desistiram. Sabe-se agora pela notícia
em baixo.
Desistiram…
agora. Mas que ninguém se iluda. Vão encontrar as “ferramentas” para espoliar
mais os portugueses e sustentar os seus próprios vícios vampirescos. Na volta,
daqui por uns tempos, hão-de apanhar os portugueses distraídos e voltarão à
carga com uma qualquer “engenharia” que lhes renda mais euros, mais milhares de
euros em proveito próprio. É assim, deste e de outros modos e expedientes que
alguns (demasiados) dos indevidamente chamados representantes do povo agem. Escandalosamente,
imoralmente, gananciosamente. E depois são estes mesmo que falam em
democracia, em justiça social, em Justiça, quando alguns, ou muitos, bem
investigados, deviam estar atrás das grades pelas imoralidades e ilegalidades
eventualmente cometidas ao longo de décadas de alapanço nos cargos políticos
que desempenharam ou desempenham olhando quase exclusivamente para os seus
umbigos, de suas famílias e amigos, indiferentes a espoliarem os portugueses e destruírem
o Abril que lhes permitiu a liberdade de usarem as vestes de carrascos com uma
falsa auréola sobre as cabeças. E (foram) são eles, em décadas, nada mais nada menos
que quatro, que se têm governado num arco de governação própria de três
partidos políticos (PS, PSD e CDS), arquitetando e construindo a miséria para
Portugal e aos portugueses.
Este recuo das subvenções é temporário. Vão voltar para conseguirem mais e
mais para eles próprios e para os de sua laia. E querem respeito? Só quando
efetivamente o merecerem. Já se sabe: eles e suas famílias politico-partidárias
comem tudo enquanto os portugueses permitirem e não enveredarem por outras opções eleitorais. Urge mudar de vida e de rumo. Não será a eleger estes deputados e
estes partidos do “arco” que se atingirá esse objetivo. (MM/PG)
PSD
e PS deixam cair reposição das subvenções vitalícias
A
medida aprovada ontem com o voto dos dois partidos não durou 24 horas. PSD e PS
decidiram que, afinal, os antigos políticos não vão receber este apoio do
Estado.
Os
deputados Couto dos Santos (PSD) e José Lello (PS) vão deixar cair a proposta
de levantar a suspensão das subvenções vitalícias. Depois de toda a polémica,
os dois deputados, membros do conselho de administração da Assembleia da
República, decidiram retirar a proposta que ontem tinha sido aprovada na
especialidade, na discussão do OE2015.
Paulo
Tavares – TSF
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