Angola
assume esta semana a presidência do "Processo Kimberley", entidade
internacional que certifica a origem de diamantes, informou hoje à agência Lusa
fonte do ministério da Geologia e Minas angolano.
De
acordo com a mesma fonte, Angola assume a presidência na sexta-feira, em
reunião plenária daquela organização, agendada para Guangzhou, na China, na
presença do ministro angolano da Geologia e Minas, Francisco Queiróz.
O
"Processo Kimberley" é uma certificação da origem de diamantes,
processo produtivo e exportação que pretende travar a negociação de pedras
preciosas provenientes de áreas de conflito. Angola sucede à China na liderança
da organização.
A
certificação foi criada em 2002 (entrou em vigor em 2003), com o apoio da
Organização das Nações Unidas, para impedir que o comércio internacional de
diamantes em bruto financie guerras, conhecidos por 'diamantes de sangue' pelos
conflitos que alimentaram durante décadas em África.
Em
maio último, o Executivo de Moçambique pediu o apoio de Angola na candidatura
que pretendia apresentar a membro do "Processo Kimberley".
A
produção diamantífera é uma das principais fontes de receitas em Angola, depois
do petróleo, tendo o Estado arrecadado mais de 52 milhões de euros em impostos diretos
sobre estas vendas, entre janeiro e setembro deste ano, indicam dados oficiais.
A
produção angolana de diamantes está avaliada em cerca de 8,3 milhões de
quilates por ano, correspondendo a uma receita bruta perspetivada na ordem de
1,1 mil milhões de dólares (cerca de 886 milhões de euros).
O
Ministério da Geologia e Minas fixou a meta de aumentar a produção total de
diamantes, até 2015, em termos médios, em cinco por cento ao ano.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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