quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

ADEUS OCCUPY HONG KONG, ATÉ BREVE




O movimento popular em Hong Kong que paralisou as principais artérias da cidade durante semanas chegou ao fim. Apesar das multidões que participaram no Occupy Hong Kong a exigir democracia naquela região exclusiva da China nem o governo da região escolhido por Pequim nem os dirigentes chineses em Pequim ouviram e atenderam as pretensões da população de Hong Kong. Foi um processo de desgaste enorme que atualmente está a dar os frutos pretendidos por Pequim: a desmobilização dos manifestantes.

Por agora o movimento suspende as suas atividades mas o certo é que em breve voltará a unir multidões numa reivindicação  absolutamente legítima e que exige que a poderosa China conceda à região e seus habitantes que elejam os respetivos dirigentes. Nada demais, mas um bicho de sete cabeças para Pequim. É que atrás de Hong Kong já se mostra Macau e outras regiões da China com exigências semelhantes. O que para Pequim e o diretório controlador e ditatorial, o governo central, não agrada.

Pequim continua no seu processo do quero, posso e mando. Outra postura não seria de esperar depois de imensas décadas de ditadura. Falar em “abertura” ou em "um país, dois sistemas", é fácil. O pior é pôr em prática tal sistema com funcionalidades absolutamente democráticas. Mas nem por isso os que exigem democracia na China vão desistir. A China habilita-se a ver o Occupy Hong Kong transformar-se numa bola de neve se realmente não ponderar e ceder às pretensões legítimas das populações. Esse é o melhor caminho para a paz e democracia.

Adeus, Occupy Hong Kong, até breve!

MM / PG

Polícia começou a desalojar acampamento em Admiralty

Hong Kong, China, 11 dez (Lusa) -- A polícia começou a intervir de forma controlada no levantamento do acampamento de protesto em Admiralty, Hong Kong, zona ocupada por manifestantes pró-democracia há cerca de dois meses.

Recorrendo a megafones, os agentes apelaram reiteradamente ao movimento de protesto para atuar com calma ou "será utilizada a força de forma razoável e serão efetuadas detenções se necessário".

Esta ação fica a dever-se ao facto de milhares de pessoas continuarem no local, apesar da chegada dos oficiais de justiça que pretendem acabar com a concentração.

Enquanto equipas de limpeza retiram as barricadas, a polícia começou a avançar com alguns agentes apeados e em veículos até à zona principal de protestos.

Centenas de pessoas, entre eles ativistas políticos, permaneciam hoje na zona de protesto pese a anunciada intenção das autoridades em desalojar Admiralty, a última das zonas onde subsiste um acampamento que começou a ser instalado em finais de setembro, por ocasião do início da "revolução dos guarda-chuvas".

Na zona estão também dezenas de veículos policiais, alguns com canhões de água e centenas de agentes estão equipados com material antimotim.

Vários dos manifestantes, em número indeterminado, garantem vão permanecer no local para ser desalojados à força, quando se cumprem 75 dias de protesto.

Estudantes e habitantes de Hong Kong ocupam há cerca de dois meses várias artérias centrais da cidade num protesto que visa mostrar o descontentamento popular perante a decisão de Pequim em autorizar, em 2017, a eleição direta do chefe do Governo, mas num ato eleitoral onde os candidatos serão previamente aprovados pelo comité eleitoral.

Para os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou seja, escolher livremente e sem restrições, o líder do Executivo local.

JCS // JCS

Polícia faz as primeiras detenções de manifestantes que se recusam a sair

Hong Kong, China, 11 dez (Lusa) - A polícia de Hong Kong começou, pelas 16:00 (08:00 em Lisboa), a fazer as primeiras detenções entre os manifestantes que se recusam a abandonar os locais de protesto, onde estão acampados há cerca de dois meses.

As autoridades tinham avisado os manifestantes pró-democracia que iriam avançar com detenções, caso os jovens impedissem as ações de desimpedimento das ruas, o que acabou por acontecer - os agentes formaram um cordão humano em volta do grupo de cerca de 100 pessoas, que se mantinha sentado, e começaram a efetuar detenções, descreve o jornal South China Morning Post.

Imagens transmitidas pelas televisões mostraram uma jovem a ser levada para um veículo da polícia em Admiralty. Segundo o jornal, os agentes estão a levar os manifestantes um a um, sem que estes ofereçam resistência.

Centenas de pessoas permanecem na zona de protesto pese a anunciada intenção das autoridades em desimpedir Admiralty, a última das áreas onde subsiste um acampamento que começou a ser instalado em finais de setembro, por ocasião do início da "revolução dos guarda-chuvas".

O movimento tem como objetivo mostrar o descontentamento popular perante a decisão de Pequim em autorizar, em 2017, a eleição direta do chefe do Governo, mas num ato eleitoral onde os candidatos serão previamente aprovados pelo comité eleitoral.

Para os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou seja, escolher livremente e sem restrições, o líder do Executivo local.

ISG (JCS) // JPS

*Título PG

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