Bocas
do Inferno
Mário
Motta, Lisboa
Em
Outubro deste ano a SIC publicava uma
curta notícia (leia a seguir) que nos dava conta de existirem mais pobres em
Portugal atualmente que há 40 anos atrás. A isso responde o nefasto governo e o
nefasto PR Cavaco Silva que Portugal está a ir por bom caminho. Passos Coelho
até teve a prosápia de afirmar que quem pagou a crise foram os mais ricos e não
o mexilhão. Contudo os números, de que Cavaco e o governo tanto gostam quando
lhes convém, demonstram exatamente o contrário. O que vem provar que estamos
sob o poder de um PR e de um governo composto por flibusteiros.
Neste
natal está a ser demonstrada uma vez mais a insensibilidade e o ostracismo a
que os referidos poderes votam a enorme quantidade de pobres portugueses,
talvez a começar pelos mais idosos e pelas crianças dependentes em grande parte
desses idosos. Uma vez mais o governo decidiu sonegar aos aposentados as
pensões com o respetivo subsídio de natal. A maioria dos idosos estava a contar
com esse subsídio para pagar dívidas básicas como a água, a eletricidade, o
gás, a farmácia, etc. E, já agora, se sobrasse algum da mísera quantia, fazer
uma consoada junto com os seus dependentes: filhos desempregados e netos. Mas
não, nada disso vai acontecer. Os dias são de fome e a noite de natal vai ser
uma noite como qualquer outra – de barriga vazia porque umas côdeas de pão e um
chá são só para enganar a fome.
Legítimo
será perguntar como será a noite de natal daqueles que detêm os poderes, que
nos acossam e nos mordem atirando-nos para a miséria. Grandes consoadas, com
tudo do bom e do melhor! Grandes vidas sem que tal se justifique! O oposto dos
milhões de portugueses atirados para a miséria! É que esses não têm (nunca
tiveram) amigos banqueiros criminosos que lhes ofereçam de mão-beijada centenas
de milhares de euros em
ações. Nem banqueiros, construtores, amigalhaços e o que mais
se imagina, que ofereçam ao longo da vida política milhões de euros – fora o
que esses tais flibusteiros ainda recebem de pensões de reformas avantajadas e
imorais. E etc. E se bem virmos é tudo à conta dos portugueses que no simples
ato de comprar umas batatas pagam impostos. Fora o resto. Fora as restantes
“taxas e taxinhas” e outras engenharias maquiavélicamente criadas pelos donos
disto tudo, que visam e obtêm o debulho dos parcos rendimentos de milhões de
portugueses.
A
pobreza aumenta em números terríveis. Na percentagem contrária ao aumento da
riqueza de todos aqueles flibusteiros que nas televisões só por hipocrisia vêm
desejar bom natal e próspero ano novo aos portugueses, com palavras enganadoras
de que Portugal e os portugueses estão melhores e que o futuro se vai mostrar
risonho. Assim será, provavelmente, se os portugueses na miséria, na pobreza e
esfomeados, souberem expulsar dos poderes a corja de flibusteiros que
erradamente tem colocado nos lugares de decisão e governação da República. Uma
República que tem estado na posse de uma súcia de criminosos. Sim, porque
levar a fome e miséria a tantos portugueses é crime. É o contrário daquilo que
Portugal homologou acerca dos direitos humanos nas Nações Unidas. Assim como o que consta na Constituição da República Portuguesa. Criminosos, pois. (MM / PG)
PORTUGAL
COM MAIS POBRES QUE EM 1974
A
percentagem de portugueses em risco de pobreza ou exclusão social aumentou de
2009 para 2010
Um
em cada quatro portugueses está em risco de pobreza e quem recebe o salário mínimo
ganha menos 12 euros do que em 1974 (descontando a inflação), indicam dados
atuais divulgados pela base de dados Pordata.
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