João
Semedo afirmou, em entrevista ao semanário Expresso, que as comissões de
inquérito parlamentar têm o seu poder mas ainda não estão a funcionar nas suas
plenas capacidades. Para o bloquista, o caso dos submarinos é exemplificativo
de como as comissões ainda estão aquém daquilo que deveriam ser.
“Há
comissões de inquérito que têm conclusões predeterminadas, como foi o caso dos
submarinos”, afirmou João Semedo em entrevista ao semanário Expresso.
O
deputado do Bloco de Esquerda falava da propriedade das comissões de inquérito
parlamentar, descrevendo-as como “poderosas”, no sentido em que servem de
“instrumento de construção de uma consciência social e política”.
No
entanto, refere, existem ainda algumas arestas a limar no que respeita ao modo
como são organizadas. Apresenta como exemplo o caso dos submarinos, um processo
que chegou a uma conclusão esta semana, com o seu arquivamento.
“Houve
uma maioria claramente liderada pelo CDS que tratou de proteger a atuação de
Paulo Portas. Só mesmo em Portugal é possível que um destacadíssimo dirigente
do CDS presida à comissão cujo objetivo é o de analisar factos que
potencialmente implicavam o líder. Só em Portugal isto não é uma
incompatibilidade substantiva e formal”, sustentou.
“Apesar
de tudo, com a cobertura que é feita dos trabalhos, os portugueses conhecem verdades
incontornáveis e indesmentíveis. Podem não estar nas conclusões, mas ficam
sempre na memória”, acrescentou João Semedo.
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