Díli,
10 dez (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Taur Matan Ruak, pediu hoje a
todos os cidadãos timorenses que contribuam "com dedicação empenho"
para o cumprimento dos Direitos Humanos no país.
Taur
Matan Ruak falava na cerimónia de entrega dos prémios Direitos Humanos Sérgio
Vieira de Mello, atribuídos anualmente pela Presidência timorense no Dia
Mundial dos Direitos Humanos, que hoje se assinala.
"O
dever de contribuir para realizar os Direitos Humanos em Timor-Leste com
dedicação e empenho é um dever de todos os cidadãos", disse Taur Matan
Ruak, sublinhando que este dia serve para renovar a "alegria da
liberdade" conquistada pelos timorenses após a ocupação indonésia.
Segundo
o chefe de Estado timorense, a resistência timorense lutou para conquistar o
respeito dos Direitos Humanos e a dignidade do povo.
"Agora,
que conquistámos a independência, precisamos da mesma determinação e coragem
para desenvolver a sociedade e a economia e trabalhar para o bem comum",
salientou.
"Apelo
a todos os timorenses para, nas suas comunidades, nas suas empresas, em todas
as suas atividades, trabalharem para melhorar a situação das suas famílias, mas
trabalharem também para o bem comum. Para alcançarmos os objetivos nacionais
precisamos da participação de todos", insistiu o Presidente.
O
prémio Direitos Humanos Sérgio Vieira de Mello foi atribuído na categoria
"Direito Civil e Político" a Ilídio Simões, do Instituto de Transformação
da Comunidade.
Na
categoria "Direito Social, Económico e Cultural", o prémio foi
entregue ao Centro de Reabilitação de Crianças com Incapacidades Motoras das
irmãs Almas, à Feto Faluk Hadomi Timor, de Madalena Bidau Soares, à Luta
Hamutuk, de Juvinal dos Reis, à Fundação Klibur Domin, de Joaquim Freitas, e à
empresa Di'ak.
Os
prémios têm o valor de 10 mil dólares.
O
prémio "Sérgio Vieira de Mello" tem como objetivo reconhecer cidadãos
nacionais e estrangeiros, organizações governamentais e não-governamentais, que
se destaquem na promoção, defesa e divulgação dos direitos humanos em
Timor-Leste.
O
prémio foi criado a 18 de março de 2009 pelo antigo chefe de Estado timorense
José Ramos-Horta, que também esteve presente na cerimónia de entrega dos
prémios, que visa igualmente assinalar o Dia dos Direitos Humanos, que hoje se
celebra.
A
iniciativa tem também como objetivo reconhecer o trabalho realizado por Sérgio
Vieira de Mello enquanto chefe da Missão da ONU de Administração Transitória de
Timor-Leste.
Sérgio
Vieira de Mello morreu a 19 de agosto de 2003 vítima de um atentado no Iraque
MSE
// JPS
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