Os
EUA foram uma Pátria do novo mundo que inspiraram a libertação do colonialismo,
não há dúvida. Isso foi há pouco mais de dois séculos (1776). É desse ano a
Declaração de Independência das treze colónias da Grã Bretanha. Nessa Declaração
de Independência era afirmado: “que todos os homens são criados iguais, que são
dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida,
liberdade e busca da felicidade”. A Declaração “inspirou os documentos de direitos
humanos em todo o mundo”, segundo se sabe e é constante na Wikipédia.
Passados
cerca de 238 anos vimos a constatar que esses EUA há muito que não existem e
que é um dos principais países a violar os Direitos Humanos. Já aconteceu
centenas de vezes, para não dizer milhentas. Guantánamo é testemunho disso
mesmo. A criminosa administração de George W. Bush passeia-se impunemente pelo
país e pelo mundo, apesar de globalmente sabermos que são criminosos comparáveis
a Hitler e a outros mais desse perfil. Mais uma prova disso mesmo encontra-se
no artigo a seguir, compilado de Carta Capital.
Abreviando,
o que deve ser questionado é quando é que a administração Bush é levada a
tribunal e condenada pelos seus crimes? Os cidadãos norte-americanos têm
o dever de eles próprios exigirem justiça para purificarem minimamente os EUA dos
crimes cometidos pelas suas administrações por todo o mundo. O ataque
terrorista de 11 de Setembro foi, sem dúvida alguma, hediondo e merece o repúdio
adequado e indiscutível mas não é motivo que atenue os crimes condenáveis que igualmente a
administração Bush cometeu. Isto para não referir crimes da administração Obama da atualidade, a que chamam “danos colaterais”. Um sofisma para justificar ataques à bomba e com outros armamentos de cidadãos inocentes por todo o mundo. Homens, mulheres e crianças são
chacinados como sejam atos heróicos quando afinal em muito pouco se diferenciam
do ataque às Torres Gémeas em 11 de Setembro de 2001.
Por
favor. Tenham vergonha. Repudiem e eliminem o cancro que são as administrações criminosas norte-americanas, do passado e da atualidade. Basta de crimes e da suscitação de
ódios aos EUA tantas vezes justificados e que conduz a tantos radicalismos igualmente condenáveis e também a pedir a intervenção da Justiça Mundial.
Carlos Tadeu / PG
Torturas
da CIA incluíam afogamento e hidratação retal
Relatório
apresentado pelo Senado norte-americano aponta técnicas de tortura até então
escondidas pela agência
Carta
Capital
As
chamadas "técnicas reforçadas de interrogatório" da CIA incluíam
simulação de afogamento, privação do sono, golpes, ameaça psicológica e até
hidratação retal, revela o documento divulgado na terça-feira 9 pela comissão
de Inteligência do Senado. O relatório acusa a CIA de submeter
prisioneiros da "guerra ao terror" a banhos gelados, tapas na cara e
socos na barriga. Segundo o documento, havia ainda a "técnica da
parede" (walling), que consiste em colocar o prisioneiro diante de uma
parede, contra a qual ele é lançado violentamente pelo interrogador.
Khalid
Sheikh Mohammed, o suposto cérebro dos atentados de 11 de setembro de 2001, foi
submetido a este método, assim como a técnica do "submarino" (waterbording),
que simula afogamentos, e à privação de sono. Na privação de sono, o
detento era mantido acordado por até 180 horas, ou "sete dias e
meio", em uma posição particularmente incômoda: "de pé, com as mãos
sobre a cabeça" ou acorrentado e amarrado ao teto, revela o documento do
Senado.
Abu
Zubeida, um palestino capturado em março de 2002 no Paquistão, foi o primeiro
prisioneiro da CIA a ser submetido a "técnicas reforçadas" de
interrogatório. Esteve, por exemplo, encerrado em uma cela iluminada 24
horas. O relatório informa ainda que entre junho e agosto de 2002, Abu Zubeida
foi "isolado durante 47 dias sem ser interrogado", e que sofreu uma
técnica de confinamento ainda mais dura: foi colocado em uma espécie de caixão
durante 266 horas, e em uma caixa ainda menor, durante 29 horas, enquanto era
interrogado.
Em
um centro de detenção conhecido como "Cobalt", um preso podia ser
mantido na escuridão total, de pé, nu e com as mãos sobre a cabeça. Os
prisioneiros também eram submetidos regularmente a duchas ou banhos de água
gelada.
A
simulação de afogamento (waterboarding) é, talvez, a técnica mais tristemente
célebre. O preso era mantido amarrado a um banco inclinado, enquanto o
interrogador lhe jogava água pelo nariz e a boca, durante 20 a 40 segundos, impedindo o
interrogado de respirar. A operação era repetida a cada três ou quatro
respirações. Sheikh Mohammed foi vítima desta "técnica" em 183
oportunidades. Em março de 2003, sofreu cinco interrogatórios com afogamento
durante 25 horas.
O waterboarding provocava
vômitos e convulsões e Abu Zubeida, submetido a esta "técnica",
sofreu uma crise de "histeria" e durante certo tempo foi
"incapaz de se comunicar".
Segundo
o relatório, ao menos cinco presos foram submetidos a "reidratações
retais" e em um caso os torturadores aplicaram alimentação pelo
reto. Entre as ameaças psicológicas, as mais comuns envolviam familiares
das vítimas, especialmente mulher e filhos, mas algumas advertiam sobre o
estupro da mãe.
O
relatório do Senado americano apresentado pela senadora Dianne Feinstein,
líder do Comitê de Inteligência, não deixou dúvidas sobre o resultado das
investigações: "É a minha conclusão pessoal que, em qualquer acepção do
termo, os presos da CIA foram torturados".
O
documento tem 525 páginas e inclui parágrafos inteiros cobertos por tinta preta
para proteger informações confidenciais. Ele é um resumo da versão de 6.000
páginas mantida em sigilo e diz que a CIA impediu o Congresso e a Casa Branca a
terem acesso às informações sobre o ocorrido e mentiu às autoridades. O
texto toma muito cuidado no uso da palavra "tortura", preferindo o
eufemismo "técnicas reforçadas de interrogatório", que tinha sido
adotado no governo do presidente George W. Bush.
George
W. Bush. O documento ainda revela que o então presidente George W.
Bush foi informado, em abril de 2006, que a CIA tinha prisões secretas nas
quais torturava prisioneiros, há quatro anos, para obter informações na chamada
guerra contra o terror.
Segundo
o documento, a CIA revelou a Bush o emprego destas "técnicas" de
interrogatório no dia 8 de abril de 2006, após enviar memorandos confidenciais
ao departamento de Justiça sobre o mesmo programa em 2002 e 2005.
Com
informações da AFP
*Título
PG
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