Os
países ocidentais não estão conscientes da disseminação do neonazismo na
Ucrânia porque Kiev não permite que os jornalistas revelem toda a extensão do
problema, segundo afirmou nesta sexta-feira a vice-diretora do Departamento de Informação
e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Em
sua página do Facebook, a diplomata comentou o incidente que aconteceu ontem
durante uma marcha na capital ucraniana, Kiev, quando dois jornalistas russos
do canal LifeNews que cobriam o evento foram atacados, e disse tratar-se de
"um círculo vicioso”.
Segundo
Zakharova, “Kiev bloqueia o trabalho dos jornalistas russos que estão tentando
chamar a atenção para as manifestações de neonazismo [na Ucrânia], e o Ocidente
(tanto as lideranças quanto o público) não vê essas manifestações nem as
violações da liberdade de expressão”.
Ainda
de acordo com a porta-voz, o Ocidente afirma regularmente que a Rússia exagera
a ameaça neonazista presente na Ucrânia, mas apenas na medida em que "os
canais ocidentais não mostram marchas com tochas no centro de Kiev e não
informam sobre fatos reais da biografia de Stepan Bandera".
Centenas
de pessoas marcharam ontem pelas ruas da capital ucraniana, carregando tochas
para celebrar o aniversário do nacionalista ucraniano que viveu na primeira
metade do século XX e que, com a ajuda inicial da Alemanha, trabalhou para
estabelecer um Estado ucraniano unificado que seria habitado exclusivamente por
ucranianos étnicos.
Em
2010, o então presidente da Ucrânia Viktor Yuschenko condecorou Bandera com o
título póstumo de Herói da Ucrânia, mas a honraria foi condenada pelo
Parlamento Europeu, bem como por organizações russas, polonesas e judaicas, até
ser declarada ilegal e oficialmente anulada no ano seguinte.
Voz
da Rússia
Sem comentários:
Enviar um comentário