O
Bloco de Esquerda criticou a mensagem de Ano Novo de Cavaco Silva por ser
alinhada com o discurso do governo e revelar cumplicidade nas políticas de
austeridade e agravamento da pobreza, ao "blindar o tratado
orçamental".
“A
mensagem de Ano Novo do presidente Cavaco Silva é uma mensagem política
completamente alinhada com o governo de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas”,
disse Luís Fazenda em declarações.
O
líder do BE considera que “há uma cumplicidade fundamental nas políticas que
estão a levar a cabo - de austeridade e de agravamento da pobreza – e o Presidente
da República, no seu último ano de mandato, quer salvaguardar a continuidade
dessas políticas e por isso blinda o tratado orçamental”.
Luís
Fazenda critica Cavaco Silva por considerar que o tratado orçamental não pode
ser alterado: “Sabemos que, neste ano, vários países centrais da União Europeia
não vão cumprir o tratado orçamental mas o Presidente da República insiste no
cumprimento do tratado orçamental. Nessa medida, é preciso alterar esta
política, é preciso uma mudança na vida nacional e essa mudança não passa por
Cavaco Silva nem pela actual maioria”.
Para
o Bloco, “é preciso mudar de política e é preciso mudar de protagonistas”.
Na
mensagem de Ano Novo que dirigiu esta noite aos portugueses, Cavaco Silva
apontou 2015 como "um ano de escolhas decisivas", recomendando aos
partidos cuidado nas promessas eleitorais que irão apresentar nas legislativas,
porque os problemas do país não se resolvem "num clima de
facilidade".
Num
discurso centrado nas eleições onde irá ser escolhido o Governo que sucederá ao
executivo de maioria PSD/CDS-PP liderado por Pedro Passos Coelho, o chefe de
Estado insistiu na questão da demagogia e do populismo, considerando que ao fim
de 40 anos de democracia se deve desenvolver "uma cultura política mais
esclarecida e mais esclarecedora".
Repetindo
um apelo que já deixou em anteriores actos eleitorais, o Presidente da
República advertiu ainda para a necessidade de se evitarem "crispações e
conflitos artificiais que têm afectado a confiança dos cidadãos" nas
instituições e, em particular, na classe política.
Além
disso, acrescentou, o tempo depois das eleições será marcado por
"exigências de compromisso e diálogo" e esse espírito de abertura não
poderá ser prejudicado "por excessos cometidos na luta política que
antecede o sufrágio".
Lusa,
em jornal i
Leia
mais em jornal i
Sem comentários:
Enviar um comentário