Mais
professores para Timor-Leste, centena e meia. Positivo. Positivo? Os timorenses aprendem
português depois dos ocupantes e ditadores indonésios terem proibido o português
naquele país. Já lá vão doze anos ou mais que os professores portugueses vão para
Timor-Leste ensinar o idioma luso mas isso não corresponde de jeito nenhum a um
número considerável de timorenses jovens saberem falar português ou exprimirem-se
pela escrita em
português. Prevalece o tétum, língua nacional e o inglês.
Inglês mal falado mas… inglês. Pouco esforço se vê para falar em português. Da
escrita é melhor nem falar. A comunicação é em tétum. Jornal online
em português nem há. Tal qual a recém admitida na CPLP Guiné Equatorial.
Em
Timor-Leste quase sempre os de mais idade, dos tempos coloniais, se expressam em português. Tantos
professores nesta dúzia de anos e tão poucos bons resultados. Haverá realmente
uma rejeição por parte dos timorenses à língua portuguesa? Seria aconselhável
proceder a uma consulta à população. Um referendo. Em democracia devem ser os timorenses quem põe e dispõe.
Aparentemente a rejeição à língua lusa é um facto e isso constata-se no terreno
e nas provas dadas pelos que teoricamente já aprenderam português nestes doze
anos mas que não o utilizam ou mal o sabem. Será que na generalidade os timorenses querem mesmo aprender português?
Beatriz Gamboa - Redação PG
Beatriz Gamboa - Redação PG
Protocolo
prevê envio de 150 professores portugueses para Timor-Leste
Lisboa,
02 jan (Lusa) -- O protocolo assinado hoje entre Portugal e Timor-Leste na área
da educação prevê o envio de 150 professores portugueses integrados no projeto
dos centros de aprendizagem e formação escolar, abrangendo mais de 3.500 alunos
timorenses.
O
protocolo assinado hoje em Lisboa pelo ministro da Educação e Ciência, Nuno
Crato, e pelo homólogo timorense, Bendito dos Santos Freitas, vai fazer
aumentar para 300 o número total de professores portugueses em Timor-Leste, nas
várias áreas.
"Em
2015 estamos a falar em 150 professores. Nós já temos cerca de uma centena de
professores na Escola Portuguesa. Em 2015 teremos estes 150 professores nestes
centros de aprendizagem e temos ainda outras formas de cooperação: tanto na
universidade como na formação de professores por via do Instituto Camões",
sublinhou Nuno Crato, após a assinatura do protocolo no Ministério da Educação,
em Lisboa.
Segundo
o Ministério da Educação e Ciência, com o acordo, é reforçada a vertente de
formação de docentes timorenses, estando previstas várias modalidades de apoio
à formação: períodos de estágio integrado na formação inicial, períodos de
formação complementar - após conclusão da formação inicial -, bem como ações de
capacitação pontuais em matéria de formação de professores e de quadros da
administração e gestão escolar timorenses.
Segundo
o Ministério da Educação e Ciência, em 2011 e 2012, o projeto das "Escolas
de Referência de Timor-Leste" sofreu um "impulso significativo".
As
11 Escolas encontram-se atualmente sediadas em 11 capitais de distrito - Bacau,
Same, Maliana, Oecusse, Ermera, Aileu, Liquiça, Lospalos, Suai, Dili e
Manatauto -- e abrangem mais de 3.500 alunos timorenses.
O
projeto prevê agora a abertura, durante o presente ano letivo, de novas escolas
em Viqueque e Ainaro fazendo com que todos os distritos do país fiquem dotados
de centros de aprendizagem e formação escolar.
De
acordo com Nuno Crato, os professores portugueses manifestam "grande
interesse" em cooperar com Timor-Leste porque, afirmou, a experiência é
muito enriquecedora, estando já em curso o processo de recrutamento.
"É
outro ambiente, são outros jovens, são outras escolas, são outras condições, é
outro clima, é outra cultura mas ao mesmo tempo uma cultura muito perto da
nossa", disse Crato, referindo-se ao interesse dos docentes portugueses na
cooperação em Timor-Leste.
PSP
// VM
Ministro
timorense diz que cooperação na área da Educação é "o exemplo"
Lisboa,
02 jan (Lusa) -- O ministro da Educação de Timor-Leste disse hoje que a
cooperação portuguesa na área do ensino é "o exemplo" das ligações
entre os dois países quando questionado sobre a expulsão de sete portugueses
que estavam integrados no quadro da cooperação judicial.
Portugal
e Timor Leste assinaram hoje em Lisboa um acordo de cooperação relativo à
implementação e funcionamento do projeto dos centros de aprendizagem e formação
escolar prevendo o envio de 150 professores portugueses que vai fazer aumentar
para 300 o número total de docentes portugueses no país em 2015 e a abertura de
dois novos estabelecimentos de ensino: em Viqueque e Ainaro.
Questionado
pelos jornalistas sobre eventuais garantias por parte do Governo timorense
sobre a política de cooperação com Portugal, tomando em conta a recente crise
no sistema judicial de Timor-Leste que levou à expulsão de oito estrangeiros,
incluindo sete funcionários judiciais portugueses, Bendito dos Santos Freitas
limitou-se a dizer que o setor do ensino é o "exemplo".
"Eu
creio que a cooperação portuguesa na área da educação é o exemplo. É um modelo em Timor-Leste. Nós
estamos a avançar com passos muito seguros, a cooperação está muito sólida e
esperemos que o acordo que nós temos fortaleça este espírito da cooperação. Não
vejo dificuldades em relação ao Ministério da Educação", afirmou o
ministro da Educação timorense.
Bendito
dos Santos Freitas disse ainda que Ministério da Educação de Timor Leste deve
ser o ministério que tem mais cooperantes portugueses, quando questionado sobre
a expulsão dos juízes portugueses.
O
ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, disse que todos os problemas têm
sido resolvidos e fala de "cooperação exemplar".
"A
nossa cooperação educativa tem funcionado com grande confiança, com grande
diálogo entre as partes. Nós temos falado sempre sobre a resolução de todos os
problemas e todos os problemas que existem têm sido ultrapassados e a nossa
cooperação tem sido exemplar. Da minha parte é isso o que eu posso dizer",
disse Nuno Crato, quando questionado sobre o estado da cooperação com
Timor-Leste.
O
Governo de Timor-Leste ordenou no dia 03 de novembro de 2014 a expulsão, no prazo de
48 horas, de oito funcionários judiciais, sete portugueses e um cabo-verdiano.
No
último dia 24 de outubro, o parlamento timorense tinha aprovado uma resolução a
suspender os contratos com funcionários judiciais internacionais
"invocando motivos de força maior e a necessidade de proteger de forma
intransigente o interesse nacional" e outra a determinar uma auditoria ao
sistema judicial do país.
PSP
// VM
*Título PG
1 comentário:
Falta o «elephant in the room»- o indonésio. Há mais timorenses a falar indonésio do que inglês ou português.E igualmente mal falado (mas facilmente aprendido com as Tv's; a Indonésia não precisa de enviar professores, basta apontar antenas e corromper os 'empresários' timorenses).
Discordo com um referendo. O português iria ser naturalmente rejeitado e a integração na Indonésia informalmente consumada.
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