A
denúncia foi feita por um empresário brasileiro entrevistado pelo jornal
"Público".
Luísa Meireles - Expresso
O denunciante do maior escândalo de corrupção no Brasil, o Lavajato, diz que parte do dinheiro passou pelo BES, escreve hoje o "Público".
Numa
entrevista ao jornal, Hermes Freitas Magnus, que era dono de uma empresa que
fabricava componentes industriais, diz que foi contactado por José Janene,
líder do partido Progressista na Câmara dos deputados brasileira e dirigente do
estado do Paraná, para transportar dinheiro para o Brasil proveniente de contas
do BES, no Porto.
Magnus
diz que "queriam que eu levasse para o Brasil dinheiro de contas no BES,
no Porto. As contas eram de Janene para lavar dinheiro em Portugal, mas ouvi
dizer que estavam associadas a sociedades off-shore".
O
empresário acabou por recusar e o seu "substituto" (um outro
empresário brasileiro, Enivaldo Quadrado), acabou detido no aeroporto de
Cumbica, em Dezembro de 2008, com dinheiro não declarado escondido na
roupa (361 mil euros).
Quadrado
foi condenado a três anos de prisão no caso Mensalão e de novo detido, em 2014,
no caso Lavajato, que levou para a cadeia grandes empresários brasileiros e
envolve mais de uma dezena de políticos.
Segundo
se depreende da entrevista do "Público", as pistas da corrupção nos
três maiores escândalos brasileiros (Mensalão, Lavajato e Petrolão) passaram
assim por Portugal.
No
Mensalão, recorde-se, que levou à condenação do chefe da Casa Civil de Lula da
Silva, José Dirceu, um dos principais arguidos (Marcos Valério) revelou que
esteve em Portugal para obter financiamento partidário para o PT por sugestão
de Dirceu.
As
reuniões em Lisboa envolveram António Mexia (ex-ministro das Obras Públicas) e
Miguel Horta e Costa (ex-presidente executivo da Portugal Telecom) e o BES foi
implicado por ter participado num negócio neste esquema. Por falta de provas,
ninguém foi constituído arguido.
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