O
Alto-Comissariado para as Migrações abriu um processo contra-ordenacional pela
prática de violência racial contra os polícias da esquadra de Alfragide, avança
o Público.
Segundo
a edição online do Público, o Alto Comissariado para a
Migração abriu um processo contra os polícias da esquadra de Alfragide que, na
semana passada foram acusados de tortura e abuso de poder por seis jovens da
Cova da Moura.
No
domingo, a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) já confirmara que
iria investigar a atuação da PSP nos incidentes que ocorreram na quinta-feira
na Amadora e que levaram à detenção de seis jovens.
Na
quinta-feira, cinco jovens, com idades entre os 23 e os 25 anos, foram detidos
depois de, segundo a PSP, terem "tentado invadir" a esquadra de
Alfragide, na sequência da detenção de um outro jovem no bairro da Cova da
Moura.
Os
cinco detidos, "três deles muito maltratados", de acordo com Mamadou
Ba do movimento SOS Racismo, foram transportados para o Hospital Fernando
Fonseca (Amadora-Sintra). Fonte da PSP disse na altura que os jovens
apresentavam ferimentos ligeiros em consequência de terem "resistido à
detenção".
Depois
de serem ouvidos por um juiz, os jovens saíram em liberdade sujeitos à medida
de coação de termo de identidade e residência no domingo. Na sexta-feira já
tinham apresentado queixa no Ministério Público da Amadora por "ofensas à
integridade física e moral" devido à "violência policial" a que
dizem ter sido sujeitos.
Apesar
de a queixa não fazer referência a violência racista, o Alto Comissariado para
a Migração decidiu avançar com um processo para "validar os alegados
factos", segundo explicou ao Público o alto comissário Pedro Calado. Os
jovens terão relatado, segundo o jornal, que os agentes da PSP os ofenderam com
frases racistas.
"Vocês
têm sorte que a lei não permite, senão seriam todos executados" ou
"deviam alistar-se no Estado Islâmico" foram algumas das frases
citadas no diário.
Diário
de Notícias - ontem
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