Banguecoque,
31 jan (Lusa) -- As autoridades tailandesas vão vigiar os diplomatas dos
Estados Unidos depois de vários representantes da embaixada norte-americana
terem contactado com um líder da oposição, noticia hoje a imprensa local.
As
instruções do primeiro-ministro, Prayuth Chan-ocha, ocorreram depois de os
diplomatas terem organizado um encontro com Kwanchai Praipana, líder provincial
dos "camisas vermelhas", como é designada popularmente a Frente Unida
para a Democracia e contra a Ditadura, que acabou por não se realizar.
O
chefe do Exército, o general Udomdej Sitabutr, instou os Estados Unidos a
entender que a sua obrigação passa por manter a paz e a ordem e que a junta já
tentou explicar a situação do país a outros governos.
"Nós
honramo-los e respeitamo-los, mas também os vamos vigiar", disse Udomdej
Sitabutr, referindo-se aos diplomatas norte-americanos, de acordo com o jornal
Bangkok Post.
A
Tailândia fez, esta semana, um protesto oficial depois de o subsecretário de
Estado para Ásia e Pacífico dos Estados Unidos, Daniel Russel, ter criticado a
lei marcial -- que continua vigente -- e a recente inabilitação da
ex-primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Vários
ultranacionalistas manifestaram-se no dia seguinte em frente à embaixada dos
Estados Unidos em Banguecoque, apesar da lei marcial proibir assembleias nas
ruas que juntem mais de cinco pessoas.
Na
sua aparição televisiva, esta sexta-feira, o primeiro-ministro tailandês
afirmou ter ouvido as propostas das "nações amigas", mas reiterou que
continuará imperturbável no seu trabalho com vista a retirar a Tailândia da
crise política.
Prayuth
assumiu o poder mediante um golpe de Estado em maio do ano passado para,
segundo ele, acabar com a espiral de violência entre os partidários e
opositores do Governo deposto e realizar reformas que acabem com a corrupção e
promovam a reconciliação nacional.
DM
// SO
Sem comentários:
Enviar um comentário