O
jornalista norte-americano Robert Perry declarou à emissora Sputnik que a CIA
nunca divulgará a vasta informação sobre o avião da Malaysia Airlines que caiu
no leste da Ucrânia.
A
agência de inteligência norte-americana (CIA, na sigla em inglês) tem vasta
informação sobre o avião que caiu em 17 de julho de 2014 no leste da Ucrânia,
mas esta nunca será divulgada porque não está de acordo com a posição oficial
dos EUA sobre o fato de que o avião foi abatido por milícias de Donbass.
Perry
tornou-se famoso após a investigação jornalística do caso do Irã-Contras, sobre
a ajuda dos EUA aos Contras da Nicarágua, sobre o tráfico de cocaína nos EUA,
bem como sobre o acidente do voo MH17. O jornalista publicou fatos que
comprovam que a aeronave foi abatida pelas forças armadas ucranianas.
Segundo
o jornalista, ele pediu oficialmente à CIA para fornecer-lhe os dados mais
recentes da inteligência dos EUA sobre a investigação do acidente com o avião,
mas recebeu a mesma informação que tinha sido divulgada em 22 de julho do ano
passado, quer dizer cinco dias após a tragédia. Ele declarou à Sputnik:
“É
óbvio que a inteligência tem dados mais recentes sobre a investigação, mas não
quer divulgá-los. A razão é que não existe a evidência de que o avião foi
abatido por meio de um míssil russo lançado por milícias. E mais do que isso: a
CIA possui dados que indicam que outra coisa provocou a queda do avião.”
Segundo
Perry, fontes confiáveis lhe dizem que a CIA tem realizado várias investigações
sobre o desastre com base nos dados mais recentes da inteligência. Apesar
disso, eles continuam dizendo que não têm novos dados:
“Eles
têm muitos dados sobre o MH17, […] não só imagens de satélite, mas também
muitos dados interceptados. Não quero divulgar segredos, mas os EUA realmente
têm a possibilidade de espionar todo o mundo, mesmo as conversas
telefônicas. E eles analisam a informação. Mas não vão compartilhar.”
O
relatório final sobre o inquérito deverá ser emitido pelo Conselho de Segurança
da Holanda em meados de 2015.
Sputnik
/ Mikail Voskrensensky, opinião
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