O
eurodeputado do Syriza e herói da resistência à ocupação nazi respondeu ao
presidente do Parlamento Europeu, que nos últimos dias se tem desdobrado em
críticas em relação ao governo grego.
Martin
Schulz tinha acabado de fazer um discurso em tom de mea culpa, em nome da Europa, pelas
promessas falhadas a Portugal e Espanha passados 30 anos desde a adesão à CEE,
concluindo que pelo menos foi alcançada a estabilização a democracia contra a
ditadura e opressão nos dois países.
“Ouvimos
agora uma retórica muito bonita e verdadeira sobre as ditaduras de Portugal e
Espanha. Mas hoje a Grécia livre, um país que representa a vontade do seu povo
em fazer o seu caminho, defronta-se com a reação feroz das três instituições –
a troika – bem como a do senhor”, acusou Manolis Glezos, dirigindo-se ao
presidente do Parlamento Europeu.
Manolis
Glezos confrontou Martin Schulz com o seu alinhamento com os credores enquanto
presidente do Parlamento Europeu. “Quem lhe deu esse direito? Enquanto cidadão
tem o direito a intervir e a dizer o que quiser, mas enquanto presidente do
Parlamento Europeu acho que não tem o direito a intervir sobre a Grécia para a
asfixiar”, afirmou Glezos.
Depois
de ter
dito num programa televisivo que “os gregos já me estão a irritar”,
esta semana Schulz reincidiu nas críticas ao governo eleito da Grécia,
acusando-o de inventar “jogos políticos para atrasar as negociações”.
“Credores,
deixem a Grécia em paz! Quem achar que pode subjugar o povo grego está muito
enganado”, avisou Manolis Glezos perante Martin Schulz e as bancadas que apoiam
os credores em Estrasburgo.
Vídeo da intervenção (legendas em inglês disponíveis no menu do vídeo)
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