O
ministro moçambicano do Interior, Basílio Monteiro, deu ordens para fechar
contas bancárias da Direção Nacional da Migração, algumas das quais
desconhecidas para as autoridades financeiras, do país, e encomendou também uma
auditoria, já em curso.
"A
existência de muitas contas propicia esquemas de corrupção. O mais grave é que
havia contas que a Direção de Administração e Finanças não conhecia",
disse Basílio Monteiro, citado hoje pelo diário Notícias.
O
jornal avança que o ministro do Interior foi apanhado de surpresa pela
existência de 12 contas, sete em Moçambique e cinco no estrangeiro, duas quais
em Portugal, durante uma visita, na sexta-feira à Direção Nacional da Migração.
A
visita destinava-se a compreender o processo de elaboração de documentos de
viagem e também a demora na emissão de passaportes, certificados de emergência
e autorizações de residência.
"A
cadeia de produção pode fazer 700 passaportes e 800 DIRE [Documento de
Identificação de Residente Estrangeiro] por dia. A fábrica tem novas máquinas o
que eleva a capacidade de resposta às necessidades", afirmou Basílio
Monteiro, lamentando porém que o processo de produção é "afetado pelo mau
ambiente de trabalho instalado na Migração e não por problemas técnicos".
Basílio
Monteiro anunciou que está já em curso uma auditoria à Direção Nacional de
Migração e que parte das contas foi encerradas, "o que permitirá uma
melhor gestão da instituição".
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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