A
Fretilin foi dos quatro partidos com assento parlamentar timorense a que melhor
resultado obteve na análise da Comissão Nacional de Eleições (CNE) às contas
partidárias em 2014, segundo o relatório publicado no Jornal da República.
O
relatório de "resultados da auditoria dos partidos políticos no ano fiscal
de 2014" procura avaliar a aplicação do orçamento de seis milhões de
dólares (5,3 milhões de euros) alocados pelo Estado para os quatro partidos:
Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor-Leste (CNRT), FRETILIN, Partido
Democrático (PD) e Frente Mudança (FM).
Em
2014 o CNRT recebeu cerca de 2,77 milhões de dólares (2,46 milhões de euros), a
Fretilin 2,3 milhões de dólares(dois milhões de euros), o PD 738.500 dólares
(658,4 mil euros) e a FM 184.620 dólares (164,6 mil euros), valores canalizados
através do orçamento da própria CNE.
"Em
geral os partidos políticos demonstraram boa cooperação com a CNE e os
auditores durante o processo", refere o relatório que recomenda melhorias
no registo de despesas e contabilidade.
A
análise, que pretende garantir a "transparência e credibilidade" da
gestão das contas dos partidos, atribui notas a várias categorias das contas,
desde a forma como as despesas são apresentadas, a organização contabilística e
o "dever de colaboração".
Assim,
a FRETILIN obtém a nota mais eleva - 91 valores em 100 possíveis - o que
equivale a muito bom, sendo a sua nota mais fraca na secção de "análise de
documentes de despesa" (5).
É
também esta a pior categoria das notas do CNRT (2 valores), que foi igualmente
penalizado pela falta de colaboração, tendo obtido uma nota global de 80
valores e uma classificação de "bom".
A
Frente Mudança (FM) obteve uma nota global de 77 valores (também uma
classificação de "bom"), com os piores indicadores a serem a
apresentação de relatório de contas no prazo previsto (2), os documentos de
despesas (3) e a reconciliação entre notas bancárias e a caixa do partido (4).
Finalmente
o PD registou a pior nota nesta classificação (75,5 valores), sendo penalizado
pelo dever de cooperação (3) e os documentos de despesas (2).
No
final do ano o CNRT tinha um saldo de 3,8 milhões de dólares (3,3 milhões de
euros), com receitas de 4,5 milhões de dólares (quatro milhões de euros) e
gastos de 698 mil dólares (622,2 mil euros).
A
Fretilin tinha um saldo de 2,29 milhões de dólares (dois milhões de euros), com
receitas de três milhões de dólares (2,6 milhões de euros) e gastos de cerca de
491 mil dólares (437 mil euros), enquanto o PD tinha um saldo de um milhão de
dólares (891 mil euros), com receitas de 1,3 milhões dólares (1,15 milhões de
euros) e gastos de 524 mil (467,1 mil euros).
A
FM tinha um saldo de 97,3 mil dólares (86,7 mil euros), com receitas de 235 mil
dólares (209,5 mil euros) e gastos de 137,9 mil dólares (123 mil euros).
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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