Macau,
China, 10 jun (Lusa) -- O Governo de Macau apresentou hoje o programa de
comemorações dos dez anos da inscrição do centro histórico como Património da
Humanidade, que inclui a inauguração de uma cinemateca, exposições, lançamento
de livros e uma emissão especial de selos.
A
partir deste mês e até ao final do ano, Macau vai receber 35 eventos, com
destaque para a inauguração, em setembro, da "Cinemateca Paixão", um
espaço recuperado junto às Ruínas de São Paulo, que "inclui um cinema de
arte e uma sala de documentação cinematográfica que tem como missão organizar
os recursos cinematográficos locais", explicou hoje o presidente do Instituto
Cultural (IC), Ung Vai Meng.
Na
segunda metade do ano -- sem data concreta -- abre portas um espaço museológico
no antigo Posto do Guarda-Noturno no Patane, alojando uma exposição sobre esta
antiga profissão.
A
Fortaleza da Guia conta, a partir do próximo dia 30, com um centro de
informações que inclui uma retrospetiva dos trabalhos de restauro das pinturas
da Capela da Nossa Senhora da Guia.
No
âmbito das exposições, inaugura dois dias antes uma mostra sobre
"Carpintaria de Lu Ban", com mais de 70 ferramentas tradicionais de
marcenaria, e em agosto (sem data específica) a Academcia Jao Tsung-I exibe uma
mostra de pintura e caligrafia chinesa. Já no próximo ano inaugura também uma
exposição de cartografia "com mapas antigos de todo o mundo que dão a conhecer
o papel de Macau no intercâmbio entre o Ocidente e o Oriente".
A
12 de julho realiza-se um seminário internacional sobre conservação do
património cultural e são lançadas, até ao fim do ano, várias obras
relacionadas com a herança patrimonial da cidade.
No
dia em que se assinala o aniversário do reconhecimento de Macau como património
mundial por parte da UNESCO, 15 de julho, é lançada uma emissão filatélica
especial em que constam "edifícios do património arquitetónico de estilo
chinês e ocidental que coexistem em Macau", como o Templo de Kuan Tai, a
Casa de Lou Kau, a Igreja da Sé e a Santa Casa da Misericórdia.
As
duas orquestras de Macau e as escolas de música e teatro do Conservatório
apresentam, ao longo do ano, espetáculos em locais do património, e as escolas
da cidade acolhem a palestra "A Ligação do Património Cultural com o
Futuro".
Ao
programa local junta-se outro, com diversas atividades, focado no Património
Cultural Intangível da província chinesa de Henan.
À
margem da apresentação do programa comemorativo, Ung Vai Meng lembrou que o IC
já selecionou dez novos imóveis que quer acrescentar à lista de património
local -- uma lista distinta da da UNESCO -- mas o processo de inscrição deve
ainda demorar cerca de um ano.
Esta
lista vai, assim, passar de 128 a 138 imóveis com valor cultural.
ISG
// PJA
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