Hermenegildo
Pereira disse não haver motivos para medo de perseguição
Lassana
Casamá – Voz da América
O
Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau quebrou o silêncio sobre o caso
do secretário de Estado das Comunidades Idelfrides Manuel Gomes Fernandes. Em
exclusivo à VOA, Hermenegildo Pereira disse não haver motivos para
perseguição, numa alusão às declarações do presidente da Assembleia Nacional
Popular, Cipriano Cassamá, que ontem desferiu duros ataques aos agentes
policiais que detiveram o governante.
Pereira
afirma que tudo o que se tem dito à volta do “caso Idelfrides Fernandes”, não
passa de comentários políticos.
O
Procurador-Geral da República referiu que o Ministério Público está muito
engajado no processo, tanto assim que não dispõe de tempo para fazer a
política:
“O
tempo, o melhor juiz, dirá quem tem a razão naquilo que estamos a
investigar. Não há motivos para isso. Em nenhuma circunstância”, garantiu.
Ontem,
o presidente do Parlamento disse que jamais vai admitir que, citamos “haja a
invasão à sede do parlamento”.
Estas
declarações foram feitas no dia em que tomou posse o novo presidente da Liga
Guineense dos Direitos Humanos(LGDH) Augusto Mário da Silva, quem afirmou que
uma das prioridades do seu mandato é o combate à impunidade.
Na
sua intervenção, Silva referiu-se ao badalado projecto-lei sobre
amnistia, sobretudo, aos actores envolvidos no golpe militar de 12 de Abril de
2012.
O
presidente da LGDH pede uma avaliação dentro de um quadro do processo de
reconciliação nacional, assente, entre outros aspectos, na lógica da
compensação das vítimas, da verdade e da não recorrência ao crime.
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