Kumuênho
da Rosa, em Itália – Jornal de Angola
Angola
e a Itália assinam hoje dois memorandos de entendimento sobre cooperação
económica e financeira, e um sobre consultas políticas entre as diplomacias dos
dois países.
Com
os acordos, que vão ser assinados no âmbito da visita oficial do Presidente
José Eduardo dos Santos à Itália, os dois países procuram reforçar as bases
para uma nova etapa da cooperação bilateral, tal como pronunciada o ano passado
aquando da visita que o Primeiro Ministro italiano efectuou a Angola.
Em Roma desde ontem, o Presidente José Eduardo dos Santos começa hoje a sua jornada de trabalho na capital italiana, com encontros separados com o seu homólogo e com o Primeiro Ministro, com quem deverá aprofundar alguns assuntos de interesse dos dois governos, em especial em matéria de cooperação económica e financeira. É a tal oportunidade que, tal como referiu em Luanda o chefe do Governo italiano, os dois países não podem mais deixar fugir.
Matteo Renzi havia feito questão de referenciar que apesar de a Itália ter sido o primeiro país da Europa ocidental a reconhecer a independência de Angola, há 40 anos, ter sido ele o primeiro chefe de Governo a escalar Luanda em visita oficial. O Primeiro Ministro prometeu tudo fazer para corrigir eventuais erros do passado, mas fundamentalmente para recuperar o tempo e o espaço perdido.
O Governo italiano deixou claro que pretende ver a cooperação económica no mesmo patamar da política. E esse desiderato vai conhecer um momento particularmente importante com a assinatura hoje dos memorandos sobre a cooperação económica, envolvendo os ministérios da Economia, da parte angolana, e do Desenvolvimento Económico, pela parte italiana, e sobre o sector financeiro, envolvendo os ministérios das Finanças, por Angola, e a Sociedade de Seguro ao Crédito Externo (SACE S.p.a). Durante a sua visita a Angola, essa que é-lhe retribuída agora pelo Chefe de Estado angolano, Matteo Renzi prometeu maior cooperação a nível das chancelarias, especialmente a nível das Nações Unidas. O chefe do Governo italiano fez questão de dizer, em Luanda, que vê Angola como um parceiro estratégico incontornável para a paz e a estabilidade em África e no Mundo.
E foi sem surpresa que anunciou a disponibilidade do seu país
A agenda do Chefe de Estado em Roma reserva para hoje encontros com o seu homólogo italiano, Sérgio Mattarella, e com o Primeiro-Ministro, Matteo Renzi. Além dos encontros com o Presidente Mattarella, no Palácio do Quirinal, e com o chefe do Governo, Matteo Renzi, na Villa Algardi, a agenda do Presidente José Eduardo dos Santos em Roma inclui encontros com várias personalidades ligadas a organizações internacionais, sedeadas na capital italiana, como o brasileiro José Graziano da Silva, Director Geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o nigeriano Kanayo Nwanze, presidente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), e a norte-americana Ertharin Cousin, Directora Executiva do Programa Alimentar Mundial (PAM).
O Chefe de Estado vai encontrar-se ainda com representantes de algumas das mais importantes companhias italianas, como Claudio Descalzi, administrador delegado da Ente Nazionale Idrocarburi (ENI), multinacional petrolífera presente em setenta países, e Mauro Moretti, administrador delegado da Finmeccanica, um dos maiores grupos industriais de alta tecnologia do mundo. A Finmeccanica trabalha nas áreas da defesa, aeroespacial, segurança, automação, transportes e energia.
Integram a comitiva presidencial, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil, Edeltrudes Costa, e os ministros das Relações Exteriores, Georges Chikoti, e da Agricultura, Pedro Canga, e altos funcionários do gabinete presidencial.
A agenda de trabalhos do Presidente José Eduardo dos Santos em Itália termina oficialmente amanhã, 7, e de acordo com uma nota da Casa Civil, o Chefe de Estado seguirá para a Espanha em visita privada.
Foto Francisco Bernardo
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