Activista
diz que os angolanos devem lutar pelo respeito pelos direitos humanos
Voz
da América, em Angola Fala Só
Estamos
entregues a nós próprios, foi a mensagem dada pelo secretário executivo do
Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos de Angola, Tunga Alberto, no
programa “Angola Fala Só”, da VOA.
O
activista dos direitos humanos disse que os angolanos devem abandonar a ideia
de que países estrangeiros ou organizações internacionais irão fazer algo pelo
respeito dos direitos humanos.
“Neste
momento estamos entregues a nós próprios e não devemos esperar por ninguém para
fazer respeitar os nossos direitos”, disse Tunga Alberto, para quem os cidadãos
angolanos devem “mobilizar-se” para reivindicar e fazer respeitar os seus
direitos.
“Precisamos
de defender os direitos humanos a partir das nossas famílias e bairros”, disse,
acrescentando que os angolanos devem criar “células de defesa dos
direitos humanos”.
Para
Tunga Alberto, as famílias “devem discutir a situação do país e como fazer
respeitar os direitos humanos”.
“É
preciso quebrar o medo, é preciso quebrar o silêncio”, afirmou, lembrando que
os direitos humanos serão respeitados quando os angolanos “ganharem
consciência” dos seus direitos.
O
dirigente do Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos disse que há a
necessidade de se traduzir a constituição e as cartas de direitos humanos para
as línguas nacionais.
Tunga
alberto abordou ainda a situação de Cabinda e das Lundas onde existem
movimentos que defendem a autonomia, mas alertou que os problemas de pobreza
não existem apenas naquelas províncias.
“As
assimetrias não existem só em relação a Cabinda e Lundas”, lembrou e defendeu
que aquelas duas províncias devem centrar-se na luta pelo respeito dos direitos
humanos.
Interrogado
por um ouvinte da Lunda Norte, Tunga Alberto disse que “o que se passa nas
Lundas não foi entendido pelo governo angolano”, porque “a constituição não
contraria a autonomia".
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