Baptista
Bastos – Jornal de Negócios, opinião
Este
tipo desavergonhado, que diz que não disse o que disse, e diz o que não faz,
com um impudor nunca visto. Este tipo, este tipo.
Não quero mais este tipo na minha casa, na minha rua, no meu bairro, na minha
cidade, na minha pátria. Este tipo vendeu-nos, com um descaramento
inacreditável. Este tipo parece um serventuário; parece, não: é um serventuário
da alemã, e enxovalha-nos a todos quando, reverente e subalterno, caminha ao
lado dela, atento ao que a alemã diz, e toma nota e fixa o que a alemã diz com
reverente cerimónia. Este tipo disse que gastávamos demais, nós, os
portugueses, que nunca soubemos o que era prosperidade, ter uns tostões a mais
no bolso, satisfazermos os pedidos dos nossos filhos, por muito modestos que
fossem. Eu, por exemplo, nunca consegui adquirir, nem em segunda mão, uma
bicicleta para os meus filhos, embora tivéssemos feito, a minha mulher e eu,
sacrifícios inauditos para os educar, sem a ajuda de ninguém.
Já deixei de ouvir este tipo. E desligo logo a televisão, quando o vejo e ouço, sobretudo na SIC, que parece ter uma câmara sempre às ordens para filmar o mais desinteressante dos movimentos deste tipo. Este tipo é um mentiroso relapso e contumaz: toda a gente sabe e ele também, mas passa adiante. Este tipo disse, agora, que está em campanha, ter como prioridade o equilíbrio social entre os portugueses; mas foi ele que nos aplicou essa miserável doutrina do empobrecimento, mascarada de austeridade.
Que fizemos para merecer tal provação? Foi este tipo, de olhar gelado, que nos atirou para o desemprego, para a emigração, para o desespero mais incontido, para uma vida sem esperança nem sonho. Foi este tipo que nos roubou os sonhos, não se esqueçam!
Este tipo que despreza os velhos, que diz coisas imponderáveis, preso ao poder como uma lapa. Este tipo que está a pôr em causa a própria natureza da nacionalidade. Este tipo que, para seguir um nefando projecto capitalista, está a vender a pátria aos bocados e ainda há quem o aplauda. Os estipendiados de todas as profissões, os jornalistas venais, os políticos corruptos.
Este tipo desavergonhado, que diz que não disse o que disse, e diz o que não faz, com um impudor nunca visto. Este tipo, este tipo.
Não quero mais este tipo na minha casa, na minha rua, no meu bairro. Não quero este tipo em nada do que me diga respeito. Escorracem este tipo do nosso viver quotidiano. Este tipo.
Já deixei de ouvir este tipo. E desligo logo a televisão, quando o vejo e ouço, sobretudo na SIC, que parece ter uma câmara sempre às ordens para filmar o mais desinteressante dos movimentos deste tipo. Este tipo é um mentiroso relapso e contumaz: toda a gente sabe e ele também, mas passa adiante. Este tipo disse, agora, que está em campanha, ter como prioridade o equilíbrio social entre os portugueses; mas foi ele que nos aplicou essa miserável doutrina do empobrecimento, mascarada de austeridade.
Que fizemos para merecer tal provação? Foi este tipo, de olhar gelado, que nos atirou para o desemprego, para a emigração, para o desespero mais incontido, para uma vida sem esperança nem sonho. Foi este tipo que nos roubou os sonhos, não se esqueçam!
Este tipo que despreza os velhos, que diz coisas imponderáveis, preso ao poder como uma lapa. Este tipo que está a pôr em causa a própria natureza da nacionalidade. Este tipo que, para seguir um nefando projecto capitalista, está a vender a pátria aos bocados e ainda há quem o aplauda. Os estipendiados de todas as profissões, os jornalistas venais, os políticos corruptos.
Este tipo desavergonhado, que diz que não disse o que disse, e diz o que não faz, com um impudor nunca visto. Este tipo, este tipo.
Não quero mais este tipo na minha casa, na minha rua, no meu bairro. Não quero este tipo em nada do que me diga respeito. Escorracem este tipo do nosso viver quotidiano. Este tipo.
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