O
partido do Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, criticou hoje o
Presidente norte-americano, Barack Obama, que na terça-feira criticou os
dirigentes africanos que permanecem muito tempo no poder.
Num
discurso na sede da União Africana, Obama avisou que "o progresso
democrático em África está em risco por culpa dos líderes que não deixam o
cargo quando terminam os seus mandatos".
O
Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), no poder no país africano,
qualificou hoje de "errónea" a visão de Obama, em comunicado assinado
pelo seu secretário-geral, Jerónimo Osa Osa Ecoro, divulgado na Internet e
citado pela agência espanhola EFE.
Teodoro
Obiang, de 73 anos, cumpre na próxima segunda-feira 36 anos desde que subiu ao
poder, ao protagonizar um golpe de estado sangrento contra o anterior
Presidente e seu tio, Francisco Macías Nguema, quando era o seu vice-ministro
da Defesa.
O
PDGE, fundado pelo próprio Presidente em 1986, revalidou a sua vitória nas eleições
gerais de maio de 2013, nas quais a sua coligação eleitoral de dez partidos
conseguiu 99 dos 100 deputados da Câmara de Representantes do Povo, e 74 dos 75
senadores na Câmara Alta.
Segundo
o comunicado do secretário-geral, "a permanência ou longevidade no poder
de Obiang nunca foi por se acorrentar pessoalmente ao poder contra a vontade
popular, porque se tem submetido à consulta popular nas eleições, e tem
renovado o seu mandato como líder carismático eleito pelo seu povo".
Jerónimo
Osa Osa Ecoro afirma ainda que "Barack Obama comete o erro típico de
buscar modelos e soluções ocidentais para um povo, um continente - o africano -
que viveu uma história e uma evolução completamente diferentes, e que, por
isso, precisa de modelos e soluções diferentes".
Diário
de Notícias – Funchal
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