São
Tome - A taxa de mortalidade infantil caiu para metade nos últimos 15 anos em São Tomé e Príncipe, onde
o número de crianças com paludismo também desceu, revelou quarta-feira o
ministro da Economia e Cooperação Internacional.
"A
taxa de mortalidade infantil e infanto-juvenil sofreu uma redução igual ou
superior a 50 por cento entre 2000 e 2014 e verifica-se ainda que a percentagem
de crianças com menos de cinco anos de idade afectadas e tratadas por causa do
paludismo reduziu de 61% para 1,5% no mesmo período de aproximadamente 15
anos", disse Agostinho Fernandes.
Um
estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgado quarta-feira revela
que a mortalidade entre crianças reduziu em 2008 de 45 por mil crianças para 38
por 1000 em 2014.
O
documento foi apresentado num seminário que reuniu membros do governo,
especialistas dos vários ramos da saúde, representantes dos parceiros
internacionais de São Tomé e Príncipe, diplomatas e quadros de diferentes
sectores.
No
mesmo estudo revelam-se também "progressos importantes"no que
respeita ao registo de crianças no arquipélago, que aumenta de 68% em 2006 para
95% em 2014.
Mortalidade
infantil, nutrição, saúde da criança, água e saneamento, educação, protecção
infantil, VIH/sida e saúde reprodutiva foram os indicadores sobre os quais se
centraram os estudos do INE divulgados quarta-feira.
No
relatório apontam-se "avanços consideráveis" conseguidos de forma
geral em todas essas áreas, apesar de se colocarem interrogações em áreas como
o uso das latrinas ou casas de banho em que apenas 40 por cento da população
têm acesso.
"Nós
tivemos também um resultado positivo em relação a vários tipos de vacinação, o
mesmo acontecendo com a nutrição", explicou a directora nacional de Estatística,
Elsa Cardoso.
"Entretanto
temos indicadores que necessitam ser melhorados, caso concreto das latrinas.
Existem apenas cerca de 40% de pessoas que utilizam a casa de bano ou latrina,
o quer dizer que temos que trabalhar muito mais no sentido de criar condições
junto das populações e sensibiliza-la para o uso das latrinas e casas de
banho" acrescentou.
O
governo são-tomense considera que no âmbito dos objectivos do milénio, os
indicadores apontam para "melhoria em alguns domínios", não obstante
os problemas económicos e financeiros e de instabilidade política que o país
viveu nos últimos anos.
"Apesar
de inúmeras dificuldades e instabilidades a que o nosso país se tem sujeitado
de alguns anos a esta parte, São Tomé e Príncipe está no bom caminho no que
respeita à evolução, na globalidade, dos indicadores avaliados no quadro destes
inquéritos", considerou Agostinho Fernandes.
Segundo
o governante, "o país está no bom caminho" e esses dados levam os
são-tomenses a fazer uma "vénia a todos os profissionais, decisores
políticos e parceiros internacionais cuja contribuição permitiu essa evolução
positiva".
Segundo
o governante, o relatório do INE permite ao país efectuar comparações a nível
internacional com outros países e constitui um instrumento importante no quadro
da monitorização e avaliação de sua performance ao nível dos diferentes
indicadores de saúde, nutrição, desenvolvimento das crianças, educação e de
protecção.
ANGOP
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