sábado, 1 de agosto de 2015

NOVO BANCO, A GOLPADA DO BANCO NASCIDO DA VIGARICE BES AOS EMIGRANTES




Amélia Reis diz que os dados divulgados pelo Novo Banco visam pressionar os emigrantes. Amélia Reis representa a organização defensora dos emigrantes lesados. É importante ouvi-la. Ainda mais importante por sabermos que o “banco bom” vem do “banco mau” e que o espectro maligno do BES continua no agora chamado Novo Banco. Sabemos igualmente que a falta de honestidade de banqueiros e gestores é farta. 

Exatamente por isso ninguém pode confiar naqueles, nos bancos, nos banqueiros e nos gestores, por maiores prosápias com que possam estar artilhados. Aliás, a escola é exatamente a mesma do atual primeiro-ministro Pedro Passos Coelho – alguém, como já experenciámos e experienciamos, em quem não se pode confiar. A desonestidade é latente e alastra aos que ocupam os poderes que ditam a devassa de Portugal e de muitos mais países a nível europeu e global. Se estamos perante uma mega-associação criminosa... é o que mais parece.

Leia a notícia veiculada pela Lusa na TSF. Mais vale prevenir. Lembre-se que “o corno é sempre o último a saber”. O vigarizado também.

Redação PG

Novo Banco diz que quase um terço dos emigrantes lesados pelo BES já chegou a acordo

São 2.000 dos 7.000 emigrantes que subscreveram produtos comerciais aos balcões do BES e que agora reclamam a devolução das suas poupanças. Movimento que representa estes lesados diz que este anúncio serve para pressionar os outros.

Uma fonte do Novo Banco disse à Lusa que "a adesão à solução para os clientes emigrantes está a correr de forma muito positiva", sublinha a mesma fonte, adiantando que à data de sexta-feira, dia 31 de julho, a adesão se traduzia em "2.000 propostas a clientes assinadas", quase "um terço dos clientes", conclui a mesma fonte.

Segundo a mesma fonte, aos 7.000 casos correspondem aplicações num valor global de 720 milhões de euros.

O Novo Banco começou a apresentar aos emigrantes, há pouco mais de uma semana, uma solução comercial, para reaver o dinheiro, investindo nos produtos Poupança Plus, Top Renda e EuroAforro e aguarda agora a aprovação da maioria dos sete mil clientes para avançar.

Segundo a mesma fonte, a solução comercial teve de ser autorizada pelo Banco de Portugal e prevê a assinatura prévia dos clientes para que o Novo Banco e o Credit Suisse possam anular os veículos financeiros. Só depois será possível avançar com a proposta comercial que garante pelo menos 60% do capital investido, e liquidez se essa for a opção, assim como um depósito anual crescente a seis anos, que possibilita recuperar no mínimo 90% do capital investido.

Uma solução que, segundo Amélia Reis, uma das porta-vozes do Movimento dos Emigrantes Lesados, com sede em França, não agrada aos clientes.

Ouvida pela TSF, Amélia Reis diz que o anúncio feito este sábado não é inocente, o Novo Banco sabe que é dia de chegada a Portugal de muitos emigrantes e está a tentar forçar o acordo com a solução proposta.

A porta-voz do movimento diz ainda que o Novo Banco está a pressionar os lesados para que aceitem antes de 15 de agosto, quando o prazo fixado pelo banco vai até ao fim do mês.

Amélia Reis diz ainda que se mantêm as manifestações previstas para dia 10 de agosto em Lisboa, de 26 de setembro em Paris.

A situação dos emigrantes não é a única que o Novo Banco tem para resolver, depois da resolução do BES em agosto do ano passado. Segundo a mesma fonte, desde outubro do ano passado que o Novo Banco está a resolver situações que tinham como ativos subjacentes dívida sénior do BES que transitou para o Novo Banco.

Segundo os dados facultados à Lusa pelo Novo Banco, as soluções apresentadas desde Outubro envolveram um total de quase 14.000 clientes e um valor aplicado de 2.120 milhões de euros.

Ainda segundo a mesma fonte, em matéria de depósitos, e tal como o Expresso noticiou na semana passada, o Novo Banco ultrapassou pela primeira vez o BES, numa base comparável.

Um resultado que foi possível porque desde setembro do ano passado os depósitos aumentaram seis mil milhões de euros, quatro mil milhões em 2014 e cerca de dois mil milhões este ano.

Lusa, em TSF

Sem comentários:

Mais lidas da semana