Francisco
Louçã considera que o debate com as quatro candidaturas marcado para 22 de
setembro é “um dos debates que faz mais falta”
Francisco
Louçã comentou esta noite, na antena da SIC Notícias, a polémica em torno dos
debates televisivos, no dia em que Passos Coelho disse que não iria ao debate
com as quatro candidaturas se Paulo Portas também não pudesse ir e que seria o
líder do CDS a estar no frente-a-frente com Jerónimo de Sousa.
“A
lei diz, e o critério do bom sem-senso também, que uma candidatura que
representa vários partidos se faz representar, à sua escolha, por quem entende.
Temos duas candidaturas com dois partidos. Imagine-se se fosse três, ou
quatro”, disse o economista, lembrando que o próprio PSD já esteve coligado com
o MPT e o PPM. “Far-se-ia representar por quatro representantes no mesmo
debate? Desse ponto de vista o PS e os outros partidos têm razão”, considerou
Francisco Louçã.
Isto
é a respeito da lei. “É verdade que substancialmente” há diferenças entre Os
Verdes e o CDS, “um partido que tem uma representação”, com mais peso eleitoral
que o partido ecologista, considerou. Ainda assim, o ex-líder dos bloquistas é
perentório: o CDS “fez uma escolha política” ao coligar-se. “Exigir que
coligação se represente por dois é absurdo”.
Explica
Fernando Louçã que, por essa razão, a presença de Portas no debate com todos os
partidos não tem sentido. A mesma lógica, porém, não tem de funcionar para os
frente-a-frente. “Aí foi uma posição razoável os que aceitaram debater com
Paulo Portas, como aceitaram debater com Passos Coelho”, já que ambos são
figuras centrais do Governo.
Havendo
acordo do qual a coligação recuou agora, o importante, na perspetiva de Louçã,
é tentar perceber o porquê. A coligação está “mais confiante” e “agora não quer
debates, algo que é um sinal político que deve ser levado a sério",
realçou o ex-deputado na antena da SIC Notícias.
“Fugir
a um debate não é só uma fraqueza política”. PSD e CDS “estão convencidos que
se ‘fizerem de mortos’” acabaram por vencer eleições, afirmou ainda o antígo
líder do Bloco de Esquerda, recuperando uma expressão usada por Marcelo Rebelo
de Sousa há meses sobre António Costa.
Notícias
ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário