sábado, 22 de agosto de 2015

Paulo Portas no debate? "O CDS fez uma escolha política ao coligar-se" – Louçã




Francisco Louçã considera que o debate com as quatro candidaturas marcado para 22 de setembro é “um dos debates que faz mais falta”

Francisco Louçã comentou esta noite, na antena da SIC Notícias, a polémica em torno dos debates televisivos, no dia em que Passos Coelho disse que não iria ao debate com as quatro candidaturas se Paulo Portas também não pudesse ir e que seria o líder do CDS a estar no frente-a-frente com Jerónimo de Sousa.

“A lei diz, e o critério do bom sem-senso também, que uma candidatura que representa vários partidos se faz representar, à sua escolha, por quem entende. Temos duas candidaturas com dois partidos. Imagine-se se fosse três, ou quatro”, disse o economista, lembrando que o próprio PSD já esteve coligado com o MPT e o PPM. “Far-se-ia representar por quatro representantes no mesmo debate? Desse ponto de vista o PS e os outros partidos têm razão”, considerou Francisco Louçã.

Isto é a respeito da lei. “É verdade que substancialmente” há diferenças entre Os Verdes e o CDS, “um partido que tem uma representação”, com mais peso eleitoral que o partido ecologista, considerou. Ainda assim, o ex-líder dos bloquistas é perentório: o CDS “fez uma escolha política” ao coligar-se. “Exigir que coligação se represente por dois é absurdo”.

Explica Fernando Louçã que, por essa razão, a presença de Portas no debate com todos os partidos não tem sentido. A mesma lógica, porém, não tem de funcionar para os frente-a-frente. “Aí foi uma posição razoável os que aceitaram debater com Paulo Portas, como aceitaram debater com Passos Coelho”, já que ambos são figuras centrais do Governo.

Havendo acordo do qual a coligação recuou agora, o importante, na perspetiva de Louçã, é tentar perceber o porquê. A coligação está “mais confiante” e “agora não quer debates, algo que é um sinal político que deve ser levado a sério", realçou o ex-deputado na antena da SIC Notícias.

“Fugir a um debate não é só uma fraqueza política”. PSD e CDS “estão convencidos que se ‘fizerem de mortos’” acabaram por vencer eleições, afirmou ainda o antígo líder do Bloco de Esquerda, recuperando uma expressão usada por Marcelo Rebelo de Sousa há meses sobre António Costa.

Notícias ao Minuto

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