Tanto
quanto é do domínio público a Justiça em Portugal está “doente”, em muitos
casos é injustiça que desacredita e anula a democracia. Sem Justiça não existe
democracia. Entre muitos casos, o caso de José Sócrates é flagrante e comprova -
por via da péssima Justiça - que em Portugal a democracia é um verdadeiro flop.
As violações são apontadas a encher os dedos das mãos e dos pés. Isso mesmo foi
reconhecido por um tribunal superior. Facto que atirou o tal “super-juiz” Alexandre
para a dimensão mini ou para o Casal Ventoso dos conceituados daquele setor, daquele poder
(judicial) que afinal deixa perceber que tem nas suas fileiras muito filho-da-mãe,
por incompetência ou ainda pior. Melhor será nem falar no segredo de justiça, não
é senhor mini-juiz? É que de segredo nada tem.
Vêm
agora os advogados de José Sócrates dizer que faltam páginas dos autos. Primeiro
andaram por Lisboa à caça daquilo que andaram a negar aos direitos do arguido,
depois, por um tribunal superior reconhecer o erro, ou o “erro”, retardaram a
entrega deliberada pelo tribunal superior… E agora faltam páginas… Mas que
tourada! Mas que trapalhada! Ministério Público? É mas é Ministério Privado… de
interesses esconsos. Pois, mas quem pode, pode… E pode-nos, com um f.
Redação
PG
Defesa
de Sócrates já recebeu autos e queixa-se da falta de páginas
A
defesa de José Sócrates recebeu hoje, ao início da tarde, os autos da
investigação da "Operação Marquês", queixando-se da falta de 80
páginas, disse aos jornalistas Pedro Delille.
O
advogado Pedro Delille falava aos jornalistas à saída do Departamento Central
de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em Lisboa, depois de, na manhã de hoje,
João Araújo, outro dos advogados de José Sócrates, não ter conseguido obter
cópia dos autos, devido a atrasos na digitalização dos documentos.
Pedro
Delille adiantou ter já entregado um requerimento a solicitar ao Ministério
Público que fundamente os motivos pelos quais estão em falta as 80 páginas que
não foram disponibilizadas no CD com o processo principal entregue hoje à
defesa do ex-primeiro-ministro socialista.
A
quebra do segredo de justiça interno do inquérito da "Operação
Marquês" foi determinada por um acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa
(TRL), de 24 de setembro, que declarou ainda inválidos os atos praticados no
processo depois de 15 de abril.
José
Sócrates foi libertado dia 16 de outubro, estando proibido de se ausentar de
Portugal e de contactar com outros arguidos do processo da "Operação
Marquês" e administradores, gerentes ou outros colaboradores de sociedades
da esfera jurídica do arguido Carlos Santos Silva, do Grupo Vale do Lobo, Lena
ou Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O
ex-primeiro-ministro foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de
Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de
capitais e corrupção passiva para ato ilícito e esteve preso preventivamente no
Estabelecimento Prisional de Évora mais de nove meses, tendo esta medida de
coação sido alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 04 de
setembro.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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