Perto
de um milhão
Fula
Martins – Jornal de Angola
O
Executivo está próximo de atingir as metas preconizadas de um milhão de
empregos até ao próximo ano, com a criação de 726.667 novos postos de trabalho
no período de 2013 a 2015.
Ao
falar à imprensa durante a reunião do Grupo Técnico Multi-sectorial para
Tratamento de Dados Numéricos do Mercado do Emprego (GTME), o coordenador do
sector, Leonel Bernardo, disse que em 2013 e 2014 foi registado um aumento na
criação de emprego na ordem de 93 por cento, impulsionado pelos sectores do
comércio, energia e águas e transportes.
O também director nacional do Emprego e Formação Profissional do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) sublinhou que de 2014 a 2015 houve uma redução na geração de emprego na ordem dos 15 por cento, em consequência da desaceleração da economia internacional.
Leonel Bernardo afirmou que em 2015 foram criados no país 261.099 postos de trabalho, onde se destacam os sectores dos transportes, com 31 por cento, energia e águas com 26 por cento e comércio com 20 por cento. Realçou ainda que 99 por cento dos empregos foram gerados no sector empresarial.
Leonel Bernardo explicou que nos sectores da construção civil, urbanismo e obras públicas, em alguns casos verificou-se a redução de postos de trabalho, quando num passado recente, antes da crise do petróleo, estas áreas foram responsáveis pela maioria dos postos de trabalho criados. Estes sectores foram responsáveis pela construção de várias infra-estruturas, como estradas, pontes, aeroportos, linhas férreas e perímetros irrigados, que tiveram uma forte influência no surgimento de negócios e circulação de pessoas e bens entre a cidade e o campo. No âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), o Executivo está a desenvolver acções com vista a acelerar o processo de diversificação da economia e reforçar as qualificações de mão-de-obra nacional, a fim de criar condições que propiciem a geração de emprego, garantindo assim a melhoria das condições de vida dos angolanos. A criação de emprego é um dos pressupostos do Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, conforme vem espelhado nas suas linhas de força, que são “Estabilidade, Crescimento e Emprego”.
O coordenador do Grupo Técnico Multi-sectorial para Tratamento de Dados Numéricos do Mercado do Emprego disse que no actual contexto económico, em que se assiste a uma baixa acentuada do preço de petróleo no mercado internacional e, consequentemente, na geração de emprego em alguns sectores, somente a capacidade da diversificação da economia e a dinamização dos sectores da agricultura, comércio e dos transportes vai permitir reduzir os efeitos da crise no mercado de emprego.
Leonel Bernardo disse que o Executivo entende que a agricultura e a indústria são fundamentais para a geração de empregos e a procura da estabilização e equilíbrio do mercado de trabalho. “Os sectores petrolífero e financeiro, grandes dinamizadores do crescimento económico, não são particularmente intensivos na utilização de mão-de-obra”, disse a concluir Leonel Bernardo.
O Governo prepara-se para adoptar medidas nos domínios fiscal, monetário, da comercialização externa e do sector real da economia, para sair da crise resultante da queda do preço do petróleo no mercado internacional.
Foto:
Santos Pedro - Título PG
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