O
primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, disse hoje que está disponível
para dialogar com os professores, mas sublinhou que "não pode dar aquilo
que não tem".
"Podemos
discutir, podemos sobretudo apresentar a toda a classe do professor deste país
aquilo que o Governo tem estado a fazer e vamos a discussão, vamos ao diálogo,
vamos tentar alguns consensos que são necessários, vamos procurar a melhoria
que nós podemos, mas não podemos dar aquilo que nós não temos", disse
Patrice Trovoada.
O
Sindicato dos Professores e Educadores de São Tomé e Príncipe (SINPRESTEP)
marcou para 26 deste mês uma greve por tempo indeterminado.
O
pré-aviso de greve foi entregue no Ministério da Educação, Cultura e Ciência,
no dia 14 deste mês, e nele os professores exigem a melhoria da "situação
socioeconómica precária dos professores e educadores", necessidade de
"dignificação da classe docente" e reclamam "falta de condições
de trabalho".
O
secretário-geral do SINPRESTEP, Gastão Ferreira, disse à Lusa que a entrega do
pré-aviso de greve é consequência de "uma série de negociações" com o
ministro da Educação, Olinto Daio, que não resultaram em consenso para
"resolver os problemas que afetam os professores".
"Tem
havido um grande esforço no sentido de lidar com o setor da educação, dialogar,
fazer um certo número de melhorias, quer no que diz respeito à carreira
docente, quer no que diz respeito aos subsídios de transporte, quer analisando,
caso a caso, a situação particular de alguns professores, diretores, grupos de
professores ou de algumas categorias de docentes", disse o
primeiro-ministro.
Patrice
Trovoada sublinhou ainda que o seu Governo tem procurado fomentar "uma
atitude de inclusão" e recordou a iniciativa do Ministério da Educação que
reuniu no mês passado todos os ministros da Educação que São Tomé e Príncipe
conheceu para discutir o tema.
O
chefe do executivo disse que "o Governo está tranquilo" e tem
consciência de "estar sempre disponível em fazer todo o esforço na medida
da limitação do país para que a educação se porte melhor".
"Se
os sindicatos acharam que a melhor via é a greve, iremos ver. É um direito,
iremos ver. Agora eu quero que as pessoas tomem consciência de uma coisa: não
podemos dar aquilo que não temos", reiterou o governante.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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