O
surto de febre-amarela em Angola somou já 250 mortes em quatro meses de
epidemia de um total de 1.975 casos, anunciou hoje o ministro da Saúde angolano
Luís
Sambo, que procedia à abertura do Conselho Consultivo do Ministério da Saúde,
disse que durante três dias os participantes vão aprofundar a análise da
febre-amarela no país, e partilhar conhecimentos e experiências sobre as ações
de combate à referida epidemia.
O
governante sublinhou ainda que a reunião, que decorre em Luanda até sexta-feira
com a presença de todos os diretores provinciais de Saúde, deverá proporcionar
uma análise mais cuidada da situação epidemiológica e do nível de execução do
plano de resposta formulado pelo Executivo, que visa terminar esta epidemia
"tão cedo quanto possível".
O
titular da pasta da Saúde frisou que atualmente existem casos confirmados em 12
das 18 províncias angolanas, mas casos suspeitos em todo o país e transmissão
local em seis regiões.
Segundo
Luís Sambo, o Governo angolano assumiu o compromisso de financiar os custos das
vacinas, que permitiu vacinar até à presente data seis milhões de pessoas em
Luanda, representando uma cobertura de 91%.
Nas
províncias do Huambo estão já vacinadas 464.300 pessoas e em Benguela outras
627.000, informou o ministro.
"Temos
enfrentado algumas limitações, nomeadamente a disponibilidade de vacina no
mercado internacional e já fizemos diligências para que o processo de produção
possa ser acelerado", referiu Luís Sambo.
Angola
está a braços com uma epidemia de febre-amarela desde dezembro de 2015,
iniciada no município de Viana, na província de Luanda.
NME
// EL - Lusa
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