EDP
adota nova política de remunerações. Ordenado de Eduardo Catroga passa de 490,5
mil para 515 mil euros. Já o salário fixo de António Mexia sobe de 600 mil para
800 mil euros, mais 33%, ao qual se soma uma componente variável, num total que
pode ascender a 2,6 milhões anuais.
Esta
terça-feira, a Assembleia Geral da EDP aprovou uma proposta da Comissão de
Vencimentos (CV) que visa, tal como recomenda um estudo encomendado à Mercer,
“alinhar a atual política [de remunerações] com as praticadas no mercado”,
mediante “alguns ajustamentos ao nível da remuneração fixa e dos indicadores de
desempenho utilizados para o cálculo da remuneração variável anual e
plurianual".
No
documento, a CV, presidida por Yang Ya, representante da China Three Gorges, e
à qual pertence ainda Ilídio Pinho, o empresário envolvido no caso Panama
Papers, prevê o aumento do ordenado fixo anual do presidente executivo da
empresa, António Mexia, de 600 mil para 800 mil euros, mais 33%. A esta quantia
soma-se ainda uma componente variável, que está dependente da avaliação do
desempenho individual e da empresa, e que também sofreu alterações. Se, até
aqui, Mexia podia receber um salário variável anual e plurianual até 1,3
milhões de euros, esse valor passa agora a poder atingir 1,7 milhões.
No
total, “o montante máximo potencial a atribuir ao presidente do Conselho de
Administração Executivo” passa de 1,9 para perto de 2,6 milhões de euros por
ano, o equivalente a mais de sete mil euros por dia.
A
Assembleia Geral da EDP aprovou também o aumento dos salários fixos do administrador
financeiro (CFO), Nuno Alves, e do administrador da EDP e presidente executivo
da EDP Renováveis, João Manso Neto, que sobem de 480 mil para 560 mil euros
cada um. Tendo em conta a componente fixa e variável, Nuno Alves e João Manso
Neto podem receber, juntos, até 3,6 milhões de euros anuais.
A
remuneração fixa dos outros elementos do Conselho de Administração mantém-se
nos 480 mil euros, no entanto, mediante as alterações no salário variável,
estes administradores também registarão um aumento das suas remunerações
globais.
Ordenado
de Eduardo Catroga passa de 490,5 mil para 515 mil euros
O
presidente do Conselho Geral e de Supervisão (CGS), Eduardo Catroga, também foi
aumentado, sendo que a sua remuneração fixa passa de 490,5 mil para 515 mil
euros.
A
Comissão de Vencimentos que define o seu salário, e que é distinta da que
determina os ordenados dos administradores executivos, refere que, apesar da
sua remuneração ser “mais elevada do que a atribuída por cargos similares nas
empresas comparáveis”, justifica-se o aumento porque “deve ser particularmente
tido em consideração que as funções em causa são exercidas a tempo integral,
que não tem qualquer outro cargo social relevante em empresas cotadas e que o
cargo exige a seleção de uma personalidade que disponha de um currículo
altamente qualificado com reconhecimento e notoriedade públicos”.
Esquerda.net
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