A
morte da veterana de luta pela independência da Guiné-Bissau Carmen Pereira
está a dividir os dois governos do país - um empossado, outro demitido, mas que
se diz legítimo e que recusa abandonar os cargos.
Cada
qual assume, à sua maneira, as exéquias fúnebres da dirigente e figura icónica
do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), falecida no
sábado.
A
Guiné-Bissau tem desde o dia 02 um novo Governo, mas o anterior, demitido pelo
chefe de Estado, José Mário Vaz, a 12 de maio, recusa-se a acatar a decisão
presidencial e tem-se mantido na sede do executivo.
O
executivo recém-nomeado, reunido em conselho de ministros, no domingo, propõe
um "funeral de Estado" para Carmen Pereira, considerada "pessoa
de bom senso" e que se encontra acima de disputas politicas, de acordo com
o comunicado final do encontro.
No
mesmo encontro foi criada uma comissão ministerial para tratar do funeral de,
mas sem que se anuncie a data do mesmo.
O
executivo cessante, também reunido em "conselho de ministros"
anunciou em comunicado que decretou três dias de luto nacional a contar, a
partir de hoje e até quarta-feira, dia do funeral da dirigente que também terá
as exéquias do Estado.
A
equipa demitida, que continua a ocupar o Palácio do Governo, promete prestar
homenagem a Carmen Pereira na Assembleia Nacional Popular (foi a primeira
mulher a presidir ao órgão) e na sede do PAIGC.
A
veterana que lutou pela independência da Guiné portuguesa morreu no sábado aos
79 anos, em sua casa, em Bissau, vítima de uma indisposição súbita.
MB
// APN - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário