Ainda
S. Tomé e Príncipe, via o site Téla Nón. O autoritarismo de Patrice Trovoada
foi notado. A contrariedade de o seu candidato não ter sido eleito de facto no
passado domingo e as “coisas” não terem corrido como o previsto parece tê-lo
afetado. Daí a irritação que denuncia o autoritarismo nem sempre disfarçado.
Amanhã,
segunda-feira, a justiça irá avaliar e pronunciar-se sobre as ocorrências irregulares das
eleições… Não todas.
Parece que “a bem ou a mal o candidato dos Trovoada já venceu as
eleições”. Essa é a crença e desconfiança de muitos santomenses. Cumpre-se a
vontade do PM Patrice. Entretanto há o “banho” – compra de votos. As verbas terão
de ser mais avultadas para garantir a vitória de Evaristo Carvalho? Já providenciaram? Aí vem mais
uma “banhada” na democracia. (PG)
Patrice: «É assim que vai ser»
O
Primeiro-ministro e Chefe do Governo Patrice Trovoada, em voz de mando,
anunciou a data da segunda volta das eleições Presidenciais. «O povo votou e
não houve uma solução definitiva, e o povo irá votar para definitivamente
elegermos o Presidente da República no dia 7 de Agosto. E é assim que vai ser»,
determinou o Presidente da ADI e Primeiro-ministro da República.
O
Chefe do Governo, recordou as peripécias da madrugada eleitoral de 18 de Julho,
em que o Presidente da CEN anunciou vitória do candidato do seu partido ADI, já
na primeira volta, mas que depois da recontagem dos votos no quadro do
apuramento distrital, a verdade veio ao de cima. «Houve recontagens e
verificações e a candidatura de Evaristo Carvalho veio a perder muitos votos»,
frisou o Primeiro-ministro.
O
apuramento distrital provou que o candidato da ADI não arrecadou mais de 50%
dos votos como havia anunciado o Presidente da CEN, e agora a segunda volta é o
passo a seguir. «Pessoas que reclamavam uma segunda volta, agora querem a
anulação de todo o processo. É preciso ter calma», afirmou Patrice Trovoada.
Candidatura
de Pinto da Costa não quer esta CEN na II volta
A
Direcção da Candidatura de Manuel Pinto da Costa às eleições presidenciais,
enumerou uma série de factos que ocorreram em São Tomé e Príncipe durante o
período de campanha eleitoral, para provar que todo o processo eleitoral, está
irremediavelmente viciado.
O
“dito pelo não dito”, do Presidente da CEN Alberto Pereira, em relação ao
resultado das eleições presidenciais, foi para a candidatura de Pinto da Costa,
o ponto culminante de factos, «que indiciam ilícitos puníveis pela lei
eleitoral».
Por
isso, «A candidatura do Dr Manuel Pinto da Costa, constata não haver condições
objectivas e subjectivas para participar no pleito eleitoral, sem que sejam
removidos todos os obstáculos acima referidos, nomeadamente a destituição da
actual Comissão Eleitoral, por estar a prestar um mau serviço a nação e
restabelecidas todas as condições legais que garantam que as eleições sejam
verdadeiramente livres, justas e transparentes como sucede nos Estados de
Direito Democrático», referiu a candidatura de Pinto da Costa.
Para
a candidatura de Pinto da Costa, revelou-se «pouco consistente nas declarações
que proferiu que denota claramente falta de capacidade, rigor e preparação para
lidar com uma questão de tamanha responsabilidade não oferecendo a garantia de
isenção, imparcialidade exigidas pelas funções que lhe sã atribuídas».
MLSTP
retirou confiança na CEN
O
maior partido da oposição anunciou que para o bem da Jovem Democracia, «retira
a confiança na actual Comissão Eleitoral, sobretudo na pessoa do seu
Presidente, em nome da transparência e do princípio de imparcialidade que o
cargo exige».
Tendo
analisado os diversos factos ocorridos durante a campanha eleitoral, o MLSTP
considera «que mantêm actuais os pressupostos que levaram as duas candidaturas
a pedirem a anulação do acto eleitoral de 17 de Julho último».
Para
o MLSTP o processo eleitoral está completamente viciado, «e alerta a toda a
comunidade internacional para as consequências que daí poderão advir devido a
falta de transparência revelada pela Comissão Eleitoral Nacional».
Na
comunicação feita por Aurélio Martins, Presidente do partido, o MLSTP conclui
que o Presidente da Comissão Eleitoral Nacional, está ao serviço da ADI. «A
Comissão Eleitoral Nacional na pessoa do seu Presidente, pelos seus actos, tem
revelado que está claramente ao serviço da candidatura suportada pelo Governo».
Abel
Veiga – Téla Nón
*Título
PG
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