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chefe de Estado angolano foi eleito com 99,6% dos votos do MPLA.
O
líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), José Eduardo dos
Santos, foi reconduzido no cargo com 99,6% dos votos, no VII congresso
ordinário do partido.
José
Eduardo dos Santos, único candidato à presidência do partido, foi eleito com
2.543 votos a favor, cinco contra e cinco abstenções.
Em
simultâneo, foi hoje votada a única lista de 363 membros do Comité Central, que
passou com 2.511 votos a favor, 37 contra e sete abstenções, correspondente a
98,35% da votação.
Num
momento em que persistem dúvidas sobre a sucessão na liderança do partido e na
candidatura do MPLA às eleições gerais de Agosto de 2017, destaca-se a estreia
de dois dos filhos de José Eduardo dos Santos no Comité Central.
José
Filomeno dos Santos (conhecido como ´Zenu´) chega a este órgão proposto pela
estrutura da juventude do partido, a JMPLA, e Welwitchia dos Santos (conhecida
como ´Tchizé') proposta pela estrutura feminina do partido, a Organização da
Mulher Angolana (OMA).
Os
dados avançados à imprensa pelo porta-voz do congresso, Manuel Rabelais, dão
conta que a eleição, pela primeira vez por voto electrónico, decorreu
"dentro do maior civismo e foi marcada pela transparência e
democracia".
A
estreia de novas tecnologias no conclave, segundo o porta-voz, garantiu
"maior precisão de votos, lisura e economia de tempo".
Na
terça-feira acontece a primeira reunião do Comité Central eleito, no qual serão
conhecidos o novo vice-presidente do partido, o secretário-geral e os membros
do Bureau Político.
No
terceiro dia de trabalhos do congresso, foram discutidas e aprovadas a resolução
sobre a Moção de Estratégia do líder do partido para 2017-2021, o relatório dos
Estatutos do Partido, os documentos finais Moção de Apoio ao Presidente Eleito
pela dedicação ao MPLA, ao país e à pátria.
Foram
também aprovadas a Moção de Reconhecimento dos membros do Comité Central que
cessaram o mandato, pela sua dedicação e empenho, a Moção de Agradecimento às
individualidades intelectuais e colectivas que apoiaram a realizaram do VII
congresso ordinário do partido, bem como apreciaram e aprovaram a Resolução
Final, cujo conteúdo será divulgado na cerimónia de encerramento no sábado.
No
poder há praticamente 37 anos, o líder e Chefe de Estado anunciou em Março a
sua saída da vida política.
Numa
recente reunião do Comité Central, José Eduardo dos Santos disse que em 2002,
em eleições gerais, foi eleito Presidente da República e empossado para cumprir
um mandato que nos termos da Constituição da República termina em 2017.
"Assim,
eu tomei a decisão de deixar a vida política activa em 2018", disse na
altura.
Renascença
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