De
toda a área ardida na Europa, mais de metade é portuguesa. Depois da
calamidade, é hora de pensar no problema.
Depois
dos incêndios que assolaram o país nas últimas semanas – e dos fogos que
continuam a lavrar –, “é urgente”, no entender de Joaquim Jorge, “que o Governo
de António Costa torne a possibilidade de meios necessários ao combate aos
incêndios, para que acontecer este cenário dantesco, horroroso e assustador”.
As
declarações do fundador do Clube dos Pensadores surgem depois de “o ministro da
Defesa Nacional, Azeredo Lopes, ter afirmado que seria ‘inevitável que a Força
Aérea venha a ter capacidade de combater fogos florestais’, mas lembrado que,
de momento, a Força Aérea não tem nem aviões nem helicópteros com capacidade
para o fazer”.
“De
que é que estão à espera?”, questiona. “O país tem muito a ganhar com essa
operacionalidade. Está na hora de, de uma vez por todas, Portugal ter meios de
combate aos incêndios. Ou daqui a uns dias já ninguém fala em incêndios”.
“Não
vamos agora atirar as culpas de uns para os outros, todos tiveram culpas. A
prevenção não faz parte do léxico dos nossos políticos, em antecipar as
consequências dos incêndios”, lamentou, atirando culpas: “Os Serviços
Florestais começaram o seu desaparecimento com um governo PS – extinção do
Corpo de Guardas Florestais – terminou com um governo PSD/CDS”.
Num
artigo em que refere que é evidente que “há mão criminosa” nos incêndios que
lavram pelo país, Joaquim Jorge deixa um agradecimento “aos bombeiros e a todos
que têm colaborado na extinção de fogos em Portugal”. “Se há pessoas que
merecem ser condecoradas é esta gente, que dá tudo, até a própria vida, sem
querer nada em troca. Sem eles a tragédia seria ainda maior”, rematou.
Goreti
Pera – Notícias ao Minuto
Sem comentários:
Enviar um comentário