Os
dois principais partidos no Parlamento da Guiné-Bissau, PAIGC e PRS,
reuniram-se hoje para "aproximar posições" para a saída da crise
política que assola o país há mais de um ano e ambos mostraram-se otimistas.
Em
declarações aos jornalistas após mais de três horas naquela que foi a primeira
ronda das conversações e que decorreram na sede do Partido da Renovação Social
(PRS), Manuel dos Santos, do PAIGC e Carlitos Barai, dos renovadores, elogiaram
o clima que presidiu ao encontro.
Os
dois dirigentes recusaram-se, no entanto, a adiantar os pormenores dos assuntos
em debate, embora ambos reconheçam "um ótimo ambiente negocial", com
Manuel dos Santos, do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde
(PAIGC), a sublinhar que são "pessoas que se conhecem há muito
tempo", notou.
Fontes
dos dois partidos, desavindos ao nível do Parlamento, indicaram à Lusa que,
entre os temas em discussão, está a possibilidade de ser formado um novo
Governo, de consenso entre ambos, e que teria a presença das outras três forças
com representação parlamentar e elementos de outros segmentos da sociedade
guineense.
O
PAIGC e o PRS voltam a se encontrar na próxima terça-feira, desta feita na sede
do primeiro e, de acordo com Manuel dos Santos, nessa altura já se poderá
vislumbrar o que se pretende com as conversações entre os dois partidos, disse.
Carlitos
Barai, do PRS, entende que "ainda é muito cedo" revelar o sentido das
conversações, mas salientou ser intenção dos dois partidos aproximarem em
termos de posicionamentos para a saída da crise no país.
"Penso
que é muito cedo adiantar qualquer coisa sobre as negociações. Vamos aproximar
posições para ver se vamos convergir, mas sabem que é fácil, porque cada
partido tem o seu ponto de vista sobre o que se passa no país", notou
Barai.
O
diálogo entre os dois partidos tem sido aconselhado pela sociedade civil
guineense e pela própria comunidade internacional já que o Parlamento continua
bloqueado, uma vez que não se entendem quanto a data para o debate do programa
do Governo do primeiro-ministro, Baciro Djá.
MB
// EL - Lusa
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