O
novo presidente de São Tomé e Príncipe, Evaristo Carvalho, empossado hoje no
cargo, declarou apoio ao governo para "profundas reformas e
modernização" do país, visando o "bem estar económico social e
cultural" para todos os são-tomenses.
De
acordo com a STP Press - Agência Noticiosa de São Tomé e Príncipe, na cerimónia
realizada na Praça da Independência, no centro de São Tomé, Evaristo Carvalho
reafirmou que pretende "tudo fazer" para promover o bem-estar
económico, social e cultural do povo são-tomense.
Na
sua primeira mensagem à nação, também prometeu que tudo fará para "que
reine a estabilidade política, o bom e são relacionamento institucional e
coesão social", no arquipélago.
No
sentido de adaptar São Tomé aos "novos desafios" de desenvolvimento,
o novo Chefe Estado são-tomense garantiu que estará "sempre disponível
para apoiar o governo [de Patrice Trovoada] na sua política de reformas".
Além
de ter prometido ser um "guardião da constituição", Evaristo Carvalho
sublinhou que tudo fará para que "a lei seja cumprida, e os direitos de
todos sejam salvaguardados, incluindo os das minorias e da oposição política".
Reafirmou
o compromisso de trabalhar para a construção da estabilidade visando "um
país mais próspero, mais justo, mais coeso, sem ódio e rancores, capaz de
oferecer um futuro mais seguro à sua juventude", noticia a STP Press.
Apontando
"desilusões" sobre o cenário económico do país, o novo presidente
reconheceu também algumas "conquistas", como o nível académico, a
luta contra o paludismo e o sistema do governo democrático.
Evaristo
Carvalho prestou homenagem aos seus antecessores, os antigos presidentes,
Manuel Pinto da Costa e Fradique de Menezes, tendo sublinhado que as respetivas
presenças no ato da sua investidura "dignificam e credibilizam" o
sistema democrático são-tomense.
Manuel
Pinto da Costa, Presidente cessante, disputou a primeira volta do escrutínio e
recusou-se a participar na segunda, tendo apresentado no Supremo Tribunal uma
providência cautelar para invalidar a eleição de Evaristo de Carvalho, com o
argumento de que as conclusões da Assembleia de Apuramento Geral estavam
"eivadas de ilegalidades grosseiras".
A
providência cautelar sustentava ainda que o ato praticado pelos juízes
conselheiros põe em causa a legitimidade de todo o processo eleitoral,
inclusive do próprio Tribunal Constitucional, contribuindo assim para o
"desmoronamento do Estado de Direito Democrático, instituído há vinte e
cinco anos, resultado do sacrifício e da vontade de todos os santomenses".
Na
quarta-feira passada, o Presidente cessante convidou Evaristo de Carvalho para
um encontro no palácio presidencial destinado à passagem de pastas, e o novo
Presidente descreveu-o como "uma conversa amigável" com Pinto da
Costa, de quem foi colaborador.
Cerca
de três dezenas de entidades estrangeiras participaram na cerimónia, de
Portugal, a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação,
Teresa Ribeiro.
Ausentes
da cerimónia de posse do novo chefe de Estado estarão os deputados do maior
partido da oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido
Social Democrata (MLSTP-PSD), que se justificaram em comunicado com "as
irregularidades nas eleições", agravadas com a reprodução pela televisão
pública de um texto publicado no semanário 'O Parvo', intitulado "Em São
Tomé e Príncipe cai o poder dos colonos negros".
A
cerimónia de investidura decorreu pela primeira vez num local público, e o ato
foi precedido de uma sessão solene da Assembleia Nacional (parlamento
são-tomense) na Praça da Independência, seguido de leitura da Ata de Apuramento
da Eleição e leitura do Auto de Posse.
AG
(ANC/MYB) // APN - Lusa
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