NÃO
CONSIDERO DE RÉPLICA O DISCURSO DE SAMAKUVA
Fernando Vumby, opinião
Ele
fez aquilo que merece o verdadeiro e digno nome de uma mensagem sobre o Estado
da Nação, o que José Eduardo Dos Santos não sabe e nem consegue fazer por falta
de visão, mente apodrecida, pobreza intelectual e falta de racionalidade.
Perdem
-se e acabam ficando pelo vazio, aqueles que tentam comparar um Samakuva com o
JES, não há comparação possível, pois a diferença entre um e o outro é como da
merda-seca de um bolo tão bem feito que ninguém se cansa em saborear horas
inteiras.
E
quem é sensato sabe o quanto saboroso é ouvir Samakuva discursando sem torturar
os seus ouvintes com estatísticas imaginadas e conversa fiada tipo rato que
morre e sofre. Como o faz de forma já habitual, atabalhoada e nojenta, JES com
os seus discursos - que ainda estou para saber se é o Bento kangamba que os
escreve ou não, dado o mau cheiro dos mesmos.
Portentoso
discurso de Samakuva que me fez recordar estes grandes líderes que marcaram a história
das revoluções no mundo. E creio não ser nenhum exagero compará-lo a alguns
destes.
ALEXANDRE
O GRANDE
Alexandre,
o Grande (356 a.C. – 323 a.C): lembrado como o maior conquistador do mundo
antigo, teve como mentor intelectual o grande pensador grego Aristóteles e
tornou-se rei aos 20 anos de idade, após o assassinato de seu pai, rei Filipe
II.
Sua
personalidade foi descrita ao longo dos séculos sob muitos aspectos diferentes,
mas as características que mais lhe favorecem são as de que era um homem de
visão, extremamente inteligente, com um profundo respeito a quem derrotava (permitiu
às cidades dominadas a manutenção de governantes, religião, língua e costumes),
além de grande admirador das ciências e das artes.
O
general veio a falecer 12 anos após sua campanha militar, aos 32 anos de idade,
possivelmente como resultado de malária, envenenamento, febre tifóide,
encefalite ou como consequência do alcoolismo.
NAPOLEÃO BONAPARTE
Napoleão
Bonaparte (1769 – 1821): exímio estrategista e amado por seus soldados e pelo
povo francês, foi o grande líder político e militar durante os últimos estágios
da Revolução Francesa.
Por
esse motivo, pode ser considerado o último grande conquistador da História –
assumiu o poder na França com um golpe de Estado e iniciou uma campanha
expansionista que o fez dominar quase todo o território da Europa no começo do
século XIX. Também deixou sua marca na política que viria a seguir: sua reforma
legal chamada “Código Napoleónico” teve uma grande influência na legislação de
vários países.
LINCOLN
- FILME
Abraham
Lincoln (1809 – 1865): político e advogado autodidata, foi o 16º presidente dos
EUA, o qual liderou o país durante a Guerra Civil Americana, preservou a União
e aboliu a escravidão (dando força para o governo nacional e modernizando a
economia ao fazê-lo). Foi o primeiro presidente estadunidense assassinado que
deixou toda a nação de luto. É considerado pelos estudiosos como um dos 03
maiores presidentes do país, lado a lado com George Washington e Franklin
Roosevelt, e inspirou o filme homónimo “Lincoln” (foto), ganhador de diversas
categorias no Oscar de 2012.
FRANKLIN
ROOSEVELT
Franklin
D. Roosevelt (1882 – 1945): foi o único presidente dos EUA a ser eleito por 04
mandatos, governando de 1933 a 1945 (ano em que veio a falecer). Liderou
durante a Grande Depressão dos anos 30 e a Segunda Guerra Mundial (que durou de
1939 a 1945). Fez a democracia vencer a ameaça do nazismo de Adolf Hitler, e
colocou os Estados Unidos na condição de maior potência econômica e militar do
mundo.
MAHATMA
GANDHI
Mahatma
Gandhi (1869 – 1948): grande ícone do fim do colonialismo, foi o líder do
movimento de independência da Índia e o maior defensor da Satyagraha, filosofia
de não-violência como meio de revolução – também conhecido como “Caminho da
Verdade”, que influenciou as gerações seguintes de ativistas democráticos e
anti-racistas, como Martin Luther King e Nelson Mandela. Gandhi usava a greve
de fome como seu maior método de protesto.
MARTIN
LUTHER KING
Martin
Luther King (1929 – 1968): transformou os Estados Unidos na luta contra a
segregação racial e pelos direitos civis, servindo como exemplo para outras
batalhas pela igualdade mundo afora. Inspirado em Gandhi, também usava da
filosofia da não-violência e, em 1963, liderou a marcha sobre Washington,
reunindo mais de 200 mil pessoas em protesto – incluindo Bob Dylan e diversos
artistas, além de líderes políticos, sindicais e religiosos. Foi nesse grande
evento que fez seu célebre discurso “Eu tenho um sonho”.
E
você, angolano? Tem algum sonho inspirado nas ideias destes grandes líderes
mundiais?
Eles
já entraram para a História, agora só falta você fazer a sua parte. Mãos à
obra!
É
O MEDO EXAGERADO, PERSISTENTE E QUASE IRRACIONAL, QUE FAZ DOS ANGOLANOS O POVO
MAIS AVACALHADO E HUMILHADO!
Nada
melhor do que iniciar este texto deixando essas duas perguntas no ar:
1)
- Para haver manifestações como as que tem havido, não é melhor ficar-se quieto?
2)
- Se nem sempre uma fruta apodrecida numa árvore cai com um simples abanão ,
não é uma aventura tentar - se derrubar um regime com um sopro?
Entre
tanta coisa que é difícil perceber e já vi, que se me esforçar para tentar perceber
ainda poderei dar em louco, uma delas é como é que pode haver mais gente na
hora de se enterrar mortos e nos combas do que na hora em que se tem que defender
os vivos e seus direitos?
Tenho
medo que os angolanos estejam padecendo de alguma doença que os inibe de
mostrarem seus rostos com sua presença em manifestações justas e consagradas
ate mesmo pela própria lei constitucional nacional, pois essa alegação de medo
dos blindados e dos cães policias me parece um certo exagero se olharmos para
outras paragens onde os povos enfrentam de peito aberto todos os meios bélicos
dos seus regimes na luta pela justiça social e seus direitos.
Essa
minha conversa com um angolano fez-me acreditar que os angolanos podem mesmo
estar padecendo de alguma doença que ainda não deram conta, será?
"Amigo
Vumby, eu fui ate ao largo Primeiro de Maio e estava disposto a participar pela
primeira vez mesmo apesar de haver pouca gente presente na manifestação popular
organizada pelos ditos Revús, mas posto lá comecei a suar, sentindo-me tão mal
disposto, e a primeira reação que me veio pela cabeça foi mesmo o ter de fugir
daquela situação e assim afinal mais uma tentativa se esgotou e não consegui
vencer o medo inexplicável que chegou sem avisar."
O
amigo concluiu dizendo ainda que também havia gente presente, alguns roendo suas
unhas, mordendo seus lábios, fumando descompassadamente dando claros sinais de
que lhes faltava coragem para continuarem presentes e talvez fosse mesmo o
único jeito que encontravam como se refugiar daquela situação...
Fiquei
sem jeito e estou cada vez com mais medo de que os angolanos estejam sim
realmente ja paiados, sem saída e quem sabe padecendo de alguma doença sem cura
que os livre deste exagerado medo e passividade muito fora do comum.
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Livre Opinião & Justiça - Fernando Vumby
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