sábado, 22 de outubro de 2016

Moçambique. ESQUADRÃO DA MORTE SOMA E SEGUE



@Verdade, editorial

É, simultaneamente, preocupante e revoltante o que temos vindo a assistir todos os dias neste sofrido país, no auge do conflito armado que opõe as Forças de Defesa e Segurança a mando do Governo da Frelimo, e os homens da Renamo. É chocante o número de cidadãos moçambicanos que têm sido vítimas de crimes hediondos perpetrados pelo esquadrão da morte criado pela Frelimo para aniquilar todos os moçambicanos que não compactuam com a política e governação terroristas promovidas por este partido no poder.

Crimes esses equiparados às actividades violentas perpetradas pelas tenebrosas e sanguinárias sociedades secretas que abundaram em todas as épocas da História. Ou seja, não é segredo para o povo de que o Governo da Frelimo tem vindo a mobilizar homens, arma até aos dentes e tornou-lhes perversos para matar sem dó nem piedade os seus compatriotas.

Após o assassinato bárbaro do Jeremias Pondeca, conselheiro de Estado, no mês em curso, esta semana mais uma notícia chocante deixou o país, especialmente a cidade de Nampula, indignada. É o caso do duplo assassinato de dois membros do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo. As figuras foram assassinados à queima-roupa, na terça-feira (18), no distrito de Ribáuè, província de Nampula. Trata-se de Flor Armando, de 45 anos de idade, delegado político distrital em Ribáuè e membro da Assembleia Provincial de Nampula, e Zeca António Lavieque, de com 25 anos.

Com este homicídio, já são quatro vítimas da mesma formação política em menos de um mês, o que demonstra claramente que se trata de uma perseguição política contra a oposição. Aliás, este tem sido o modus operandi do partido Frelimo, desde o período da preparação da luta para a Independência Nacional, no qual ocorria uma série de expulsões e assassinatos de algumas figuras do movimento de libertação nacional.

Presentemente, usando os meios de Estado, o Governo da Frelimo alimenta um esquadrão da morte que tem vindo a semear terror, dor e luto nas famílias moçambicanas. É uma falsa democracia que o país vive nos últimos tempos, pois a aposta do partido no poder continua a ser exterminar os seus opositores de modo a perpetuar-se na condução dos destinos do país. A violência contra os membros da Renamo, e não só, é uma grande ameaça a liberdade políticas de todos os moçambicanos. Com esse andar de carruagem, estamos a um passo para a enraização da ditadura frelimista.

É, sem dúvidas, caso para dizer que Moçambique está nas mãos de uma corja de insensíveis (para não dizer cruéis).

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