@Verdade,
editorial
É,
simultaneamente, preocupante e revoltante o que temos vindo a assistir todos os
dias neste sofrido país, no auge do conflito armado que opõe as Forças de
Defesa e Segurança a mando do Governo da Frelimo, e os homens da Renamo. É
chocante o número de cidadãos moçambicanos que têm sido vítimas de crimes
hediondos perpetrados pelo esquadrão da morte criado pela Frelimo para
aniquilar todos os moçambicanos que não compactuam com a política e governação
terroristas promovidas por este partido no poder.
Crimes
esses equiparados às actividades violentas perpetradas pelas tenebrosas e
sanguinárias sociedades secretas que abundaram em todas as épocas da História.
Ou seja, não é segredo para o povo de que o Governo da Frelimo tem vindo a
mobilizar homens, arma até aos dentes e tornou-lhes perversos para matar sem dó
nem piedade os seus compatriotas.
Após
o assassinato bárbaro do Jeremias Pondeca, conselheiro de Estado, no mês em
curso, esta semana mais uma notícia chocante deixou o país, especialmente a
cidade de Nampula, indignada. É o caso do duplo assassinato de dois membros do
maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo. As figuras foram
assassinados à queima-roupa, na terça-feira (18), no distrito de Ribáuè,
província de Nampula. Trata-se de Flor Armando, de 45 anos de idade, delegado
político distrital em Ribáuè e membro da Assembleia Provincial de Nampula, e
Zeca António Lavieque, de com 25 anos.
Com
este homicídio, já são quatro vítimas da mesma formação política em menos de um
mês, o que demonstra claramente que se trata de uma perseguição política contra
a oposição. Aliás, este tem sido o modus operandi do partido Frelimo,
desde o período da preparação da luta para a Independência Nacional, no qual
ocorria uma série de expulsões e assassinatos de algumas figuras do movimento
de libertação nacional.
Presentemente,
usando os meios de Estado, o Governo da Frelimo alimenta um esquadrão da morte
que tem vindo a semear terror, dor e luto nas famílias moçambicanas. É uma
falsa democracia que o país vive nos últimos tempos, pois a aposta do partido
no poder continua a ser exterminar os seus opositores de modo a perpetuar-se na
condução dos destinos do país. A violência contra os membros da Renamo, e não
só, é uma grande ameaça a liberdade políticas de todos os moçambicanos. Com
esse andar de carruagem, estamos a um passo para a enraização da ditadura
frelimista.
É,
sem dúvidas, caso para dizer que Moçambique está nas mãos de uma corja de
insensíveis (para não dizer cruéis).
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