domingo, 13 de novembro de 2016

EUA: Trump anuncia deportação de dois a três milhões de imigrantes



O vencedor das eleições presidenciais norte-americanas, Donald Trump, disse que irá deportar "imediatamente" dois a três milhões de imigrantes ilegais e com cadastro.

"O que vamos fazer é encontrar as pessoas que são criminosas ou têm registo criminal, membros de gangues, traficantes de drogas - provavelmente dois milhões, até podem chegar a três milhões - (...) e ou vamos expulsá-las do nosso país ou vamos encarcerá-las", disse Trump numa entrevista que será transmitida pelo canal televisivo CBS às 22 horas de Portugal continental.

"Mas vamos expulsá-las do nosso país, estão cá ilegalmente", disse o futuro presidente, acrescentando que depois de a fronteira ser "segura", as autoridades responsáveis pela emigração vão fazer uma "determinação" sobre os restantes imigrantes sem documentos que ficarem no país.

"Depois de a fronteira ficar segura e depois tudo estar normalizado, vamos fazer uma determinação sobre as pessoas de quem estão a falar, que são ótimas pessoas, mas vamos fazer uma determinação sobre isso", disse.

Questionado sobre se realmente vai construir um muro ao longo da fronteira com o México, uma das mais mediáticas e controversas propostas eleitorais de Trump, o vencedor das eleições respondeu: "Sim".

Depois da vitória de terça-feira, o Governo do México veio novamente garantir que não iria financiar a construção do muro e o vice-presidente da equipa de transição da nova Presidência, o republicano Newt Gingrich, quando questionado sobre o tema, respondeu que o muro tinha sido "um grande instrumento de campanha".

Na entrevista, a primeira desde que venceu as eleições de terça-feira passada, Trump admitiu ainda que o muro pode ser parcialmente substituído por uma cerca, acolhendo as ideias de alguns congressistas republicanos.

"Para certas áreas, sim, mas noutras áreas, um muro é mais apropriado", disse, acrescentando: "Eu sou muito bom nisto, chama-se construção".

Na conversa com a jornalista, que inclui segmentos com a mulher, Melanie, e os filhos, Trump revelou que ganhou 100 mil seguidores no sábado nas redes sociais Facebook, Twitter e Instagram, e explicou por que razão usa tanto o Twitter, quando foi questionado se iria "continuar a disparar o que lhe passava pela cabeça" quando chegar à Casa Branca.

"Vou ser muito comedido, se o usar sequer", respondeu, referindo-se ao Twitter. "É uma forma moderna de comunicação, não há nada que ter vergonha. Juntando o Twitter, o Facebook e o Instagram, tenho 28 milhões de pessoas, dá para passar a mensagem. Quando alguém escreve uma má história sobre mim, ou a história é imprecisa, tenho um meio de ripostar".

"O facto de (estas redes sociais) terem tanto poder ajudou-me a ganhar as corridas nas quais eles (a campanha democrata) gastaram mais dinheiro do que eu", disse ainda Trump.

Jornal de Notícias

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