A
notícia arrepia, apesar de não ser grande novidade. Cerca de quatro milhões de
portugueses têm uma vida indigna. Lemos e retirámos do JN, publicado ontem
pouco antes das 14 horas.
É
evidente que já antes de Passos Coelho se apossar do governo de Portugal graças
às monstruosas mentiras que proferiu à laia perfeita de descarado vigarista, já
os portugueses andavam a sofrer de muita penúria, de pobreza extrema,
inclusive. Passos só veio agravar a situação do país e dos portugueses. Se não
fosse ele outro do mesmo jaez o faria, porque a ordem global e na UE era “roubar os povos”
para beneficiar os banqueiros e respetivos bancos, o grande capital. Seitas
onde se alojam grandes criminosos, grandes vigaristas.
“Obrigado,
Passos e capangas, pela vida indigna de milhões de portugueses”, terão dito ou
sentido os que após tanta sementeira de miséria ainda foram votar em Passos nas
últimas legislativas. Só quase por sorte e discernimento de homens e mulheres de boa-vontade Portugal se livrou do estupor e
associados novamente a desgovernar-nos e a governarem as seitas que nos acossam e
que nos miserabilizam.
Nada
do anteriormente escrito é novidade. Nem a notícia. Que até tem indicativos de
números por baixo. A situação real é muito pior. Apesar disso leia e medite, é
sempre bom exercitar a “caixa das minhocas” – a que chamam cérebro. (MM / PG)
Um
terço dos portugueses não tem dinheiro para ter uma vida digna
Mais
de metade dos consumidores portugueses (51%) afirmam que não paga as faturas
dentro do prazo por falta de dinheiro, segundo um estudo divulgado esta
quinta-feira.
De
acordo com o Relatório de Pagamentos Europeu do Consumidor, desenvolvido pela
Intrum Justitia, apesar de 94% dos inquiridos considerarem que "é
importante pagar sempre" as contas dentro do prazo, 29% afirma que, neste
momento, "não tem dinheiro suficiente para ter uma vida digna".
O
estudo, feito a partir de dados recolhidos numa pesquisa realizada em
simultâneo a 21317 cidadãos europeus de 21 países e que contou com a
participação de 1010 portugueses, visou conhecer a situação e saúde financeira
das famílias face ao atraso nos pagamentos.
Segundo
o trabalho, mais de metade dos consumidores portugueses (51%) dizem que não
paga, dentro do prazo, as faturas "por falta de liquidez", ao passo
que os restantes 49% referem que não pagam atempadamente por outros motivos,
tais como "esquecimento ou vontade".
Cerca
de metade dos consumidores portugueses entrevistados referiu ainda que não
pagou algumas das suas contas a tempo nos últimos 12 meses, uma percentagem
idêntica à média europeia (48%).
O
trabalho conclui também que 17% dos inquiridos pediram dinheiro emprestado nos
últimos seis meses, um ligeiro aumento face ao ano anterior (15%).
E
mais de metade das pessoas que pediram dinheiro emprestado (65%) escolheu a
família como principal fonte de financiamento, seguindo-se os amigos (23%),
enquanto 14% pediu um empréstimo ao banco.
Apesar
de cumprirem a obrigação de pagar as suas contas, 59% afirma que depois de as
pagar, "fica preocupado por recear não ter dinheiro suficiente".
Dos
portugueses inquiridos, 58% afirmam que não conseguem poupar dinheiro todos os
meses.
Entre
os 42% que economizam dinheiro mensalmente, afirmam fazê-lo para fazer face a
despesas imprevistas, para viajar e para o caso de perderem o emprego.
No
entanto, 35% afirmam que poupam algum dinheiro a pensar na reforma e, neste
âmbito, 63% investem as suas economias em contas poupança, um valor bastante
elevado, quando comparado com o investimento em ações e participações (10%) ou
a subscrição de títulos do Tesouro (15%), apesar da atual tendência em baixa
das taxas de juro.
Relativamente
ao âmbito familiar, 46% dos entrevistados portugueses acreditam que vão
precisar de ajudar financeiramente os seus filhos, mesmo quando estes saírem de
casa, 29% confessam que por razões financeiras os seus filhos não podem sair de
casa tão cedo como desejariam e 27% defendem que os filhos vão ter maiores
dificuldades financeiras do que eles.
As
finanças também afetam a situação dos casais, pelo que 20% dos inquiridos em
Portugal afirmam que as razões económicas são um dos motivos para manterem ou
prolongarem o seu relacionamento, um valor ligeiramente menor do que o
verificado no ano passado (24%).
Segundo
o estudo, 58% dos inquiridos tem cartão de crédito, 26% gasta dinheiro
regularmente em compras pela Internet, 33% fez este ano mais compras na
Internet e 50% prefere receber as suas contas em formato digital.
No
que respeita à emigração verificou-se, este ano, uma diminuição do número de
pessoas que pondera sair do país (17%), face aos 40% no ano passado.
No
caso de virem a optar por sair de Portugal, a maioria escolhe o Reino Unido
(24%), a França (10%) e a Suíça (9%) como países de acolhimento.
Portugal
está contemplado nas opções como destino de emigração de 11% dos franceses e de
5% dos suíços, o que se apresenta como novidade nas conclusões deste trabalho.
A
Intrum Justitia é uma consultora europeia de serviços de gestão de crédito e
cobranças.
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