@Verdade,
Editorial
Não
há dúvidas de que a situação que o país vem atravessando é calamitosa. Diante
disso, a questão que ocorre fazer neste momento é a seguinte: “O que se pode
esperar neste 2017?” A resposta é para já negativa, pois tudo indica que a
situação tende a piorar, ou seja, o que ja estava pior, agora deteriorou-se.
Aliás, a julgar pela inércia que caracteriza o Governo da Frelimo e a corrupção
que se tornou prática reiterada desse regime não se pode esperar outra
realidade.
A
título de exemplo, o custo de vida vai continuar cada vez mais alto, pois até
então não há políticas eficazes com vista a minimizar a situação. O Banco de
Moçambique limita-se a tomar medidas paliativas, e nunca avança com algo mais
concreto. Os próximos tempos, não obstante as informações que dão conta da
prorrogação da suspensão do conflito armando, mostram que a situação vai
tornar-se insustentável, uma vez que os preços de produtos de primeira
necessidade não param de subir, e em 2017 os moçambicanos vão continuar a
“apertarem o cinto” mais do que está.
Na
verdade, para 2017 não se vislumbram sinais de refracção no que toca à subida
de custo de vida, a intolerância política, a corrupção organizada, a
criminalidade, entre outros males que enfermam o país. Isso significa que os
mais de 70 porcento da população moçambicana continuarão a enfrentar uma
situação de extrema pobreza. O acesso aos serviços básicos de saúde e educação
será ainda mais deficitário, sufocando os moçambicanos mais carenciados. O povo
continuará a beber água imprópria, e a ser transportado qual bois a caminho do
matadouro.
Apesar
disso, no seu generalizado subdesenvolvimento político moçambicano e até mesmo
exagero e cegueira partidária, há quem não vá entender patavina dessa situação.
Pelo contrário, continuará a pensar que merece passar por esse calvário criado
por um bando de corruptos que assaltou o Estado moçambicano.
O
mais caricato é que ninguém se lembrará das privações e momentos difíceis por
que passou em 2016, e muito menos as promessas de que a situação irá melhorar a
partir deste ano, tampouco as promessas de paz para os moçambicanos. Promessas
essas que não têm nenhuma garantia de virem a ser cumpridas a curto, médio e
longo prazo. Ninguém nos garante que semelhantes promessas venham a ser
efectivamente concretizadas.
Portanto,
o que fica claro é que os nossos pseudo-políticos profissionais são todos
compulsivamente mentirosos e corruptos, especialistas em ampliar os seus
negócios à custa do suor e da dor do povo e, ainda como se não bastasse, se
farão passar por benfeitores aos moçambicanos.
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