Embora
o regime nazi tenha sido derrotado na Segunda Guerra Mundial, a ideologia
continuou viva em vários locais e pessoas.
A
clínica austríaca Am Spiegelgrund ficou conhecida por ser um dos locais onde os
médicos nazis levavam a cabo as mais horrendas experiências médicas que, na
grande maioria das vezes, terminav com a morte das vítimas. Neste caso eram
crianças, uma vez que se tratava de uma clínica infantil.
Volvidos
72 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, um relatório das autoridades
austríacas, a que a agência France-Presse teve acesso, revela que as práticas
nazis continuaram a ser aplicadas, mesmo após a queda do regime.
Segundo
o documento, entre 600 a 700 crianças e jovens foram mantidos no ‘Pavilhão 15’
sob um “forte sistema de violência” entre o fim da Segunda Guerra Mundial e o
início da década de 80.
Durante
mais de 30 anos, os funcionários da clínica administraram “pesados” sedativos
às vítimas que eram mantidas em camisas-de-força e em camas do estilo jaulas.
Os
investigadores chegaram a estas conclusões depois de terem entrevistado antigos
pacientes e enfermeiros da clínica.
“Houve
uma insuficiente rutura a nível ideológico e laboral com o período nazi, o que
contribuiu para estas condições sub-humanas”, lê-se no relatório citado pela
France-Presse e segundo o qual pelo menos 70 crianças e jovens morreram, sendo
que 80% das mortes ficou a dever-se a infeções pulmonares causadas pelos
tratamentos e pelos jejuns prolongados a que eram sujeitas as vítimas.
Com
recurso a esta clínica e a estes métodos, os nazis mataram cerca de 800
crianças ao utilizarem-nas em experiências científicas.
O
relatório revela ainda que, após a guerra, os cérebros das vítimas eram
enviados para o conhecido médico nazi Heinrich Gross, um dos responsáveis pelas
experiências mortais.
Heinrich
Gross foi acusado de crimes de guerra, mas nunca foi condenado, tendo
continuado com a sua proeminente carreira médica após o fim da guerra.
Patrícia
Martins Carvalho, em Notícias ao Minuto (hoje)
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