CARNE
CONTAMINADA
Michel
Temer tem um ministro da Justiça, chamado Osmar Serraglio, que até ontem estava
escondido e vinha evitando aparições públicas; o motivo é sua ligação com a
máfia dos fiscais agropecuários; como, segundo a Polícia Federal, os fiscais
arrecadavam propina para o PMDB, de Temer e Serraglio, e para o PP, do ministro
Blaro Maggi, o Palácio do Planalto ainda não conseguiu reagir ao desastre da
Operação Carne Fraca, que já causa prejuízos diários de US$ 63 milhões – ou R$
200 milhões/dia – ao Brasil; segundo o senador Roberto Requião (PMDB-PR),
"se tivéssemos governo no Brasil, estaríamos fazendo a investigação da
investigação"; enquanto isso, frigoríficos paralisam suas unidades e
ruralistas, que apoiaram o golpe de 2016, sofrem grandes prejuízos
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– A Operação Carne Fraca, deflagrada há poucos dias pela Polícia Federal,
já representa um dos maiores desastres econômicos da história do País. As
exportações brasileiras de proteína animal caíram a zero, provocando prejuízos
de US$ 63 milhões – ou quase R$ 200 milhões – por dia.
Até
agora, a única reação de Michel Temer foi levar embaixadores a uma churrascaria
de carnes importadas, num plano fracassado, e classificar como
"espetáculo" a ação da Polícia Federal.
Temer
não pode reagir com mais firmeza por uma razão simples. Seu ministro da
Justiça, Osmar Serraglio, que foi indicado ao cargo por ninguém menos que
Eduardo Cunha, chamava o líder da máfia dos fiscais de "grande
chefe". Até ontem, ele estava desaparecido e só fez uma reaparição rápida
na posse de Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal.
Além
disso, segundo a Polícia Federal, os fiscais arrecadavam propina para o PMDB,
de Temer e Serraglio, e para o PP, do ministro Blaro Maggi. Ou seja: Temer é refém
do que a PF ainda pode vazar.
Para
o senador Roberto Requião (PMDB-PR), "se tivéssemos governo no Brasil,
estaríamos fazendo a investigação da investigação" (leia aqui).
Para
piorar, o Brasil tem hoje um chanceler, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), que
também está na lista de Janot e não é respeitado nem pelos vizinhos mais
próximos. Com o golpe, não custa lembrar, o Brasil se tornou um anão
diplomático.
Ou
seja: Temer não tem credibilidade no exterior, nem força para enfrentar a
questão da carne internamente.
Enquanto
isso, frigoríficos paralisam suas unidades e ruralistas, que apoiaram o golpe
de 2016, sofrem grandes prejuízos.
Brasil
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