Os
protestos ocorridos em de Hong Kong, em fevereiro de 2016, foram os mais
violentos dos últimos anos e a maior demonstração de descontentamento popular
desde os protestos pró-democracia do final de 2014
Três
jovens manifestantes de Hong Kong foram condenados esta sexta-feira a uma pena
de três anos de prisão cada devido à sua participação nos tumultos que
degeneraram em violentos confrontos em fevereiro do ano passado.
Os
estudantes Hui Ka-ki, de 23 anos, e Mak Tsz-hei, de 20, e o cozinheiro Sit
Tat-wing, de 33, foram os primeiros a serem condenados pelos motins ocorridos
na zona comercial bastante movimentada de Mong Kok em fevereiro do ano passado
por ocasião do Ano Novo chinês.
Os
distúrbios, que surgiram na sequência de uma operação policial contra venda
ambulante ilegal de comida, resvalaram em confrontos considerados os mais
violentos dos últimos anos e a maior demonstração de descontentamento popular
na antiga colónia britânica desde os protestos pró-democracia do final de 2014.
Mais
de 100 pessoas ficaram feridas, incluindo polícias, manifestantes e jornalistas,
e 65 foram detidas naquele que foi um raro surto de violência em Hong Kong.
A
defesa alegou que os três manifestantes esta sexta-feira condenados – e que
incorriam numa pena máxima de dez anos de cadeia – estavam a expressar o seu
descontentamento para com o governo de Hong Kong que ativistas afirmam ser uma
marioneta de Pequim.
"Qualquer
pessoa que participe nesse tipo de motins precisa de compreender que há um
preço a pagar", afirmou o juiz Sham Siu-man, apontando que "violência
é violência".
A
sentença tem lugar quando falta pouco mais de uma semana para as eleições para
o chefe do Executivo de Hong Kong, marcadas para o próximo dia 26.
O
líder da Região Administrativa Especial de Hong Kong é escolhido por um comité
eleitoral formado por 1.200 membros, representativos de diferentes setores da
sociedade, que é dominado por elites ou interesses pró-Pequim.
Lusa,
em Expresso – Foto: Anthony Wallace / Getty
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