Atacante,
que foi abatido, abriu fogo sobre um carro das autoridades. Dois polícias
morreram
Dois
polícias foram mortos e um está ferido após um tiroteio em Paris, esta
quinta-feira, nos Campos Elísios. A avenida foi evacuada e está encerrada.
De
acordo com a Reuters, testemunhas viram um homem sair de um carro e disparar
uma metralhadora contra um carro das autoridades, matando um polícia. Depois
tentou fugir a pé, tendo sido atingido e morto durante o tiroteio.
Durante
a fuga, na troca de tiros, feriu outros dois polícias. O atacante era
referenciado pelas autoridades, de acordo com várias fontes.
Segundo
fonte da polícia, citada pela Sky News, foram escutados disparos numa segunda
localização em Paris, perto do local onde ocorreu o tiroteio.
Está
a ocorrer uma operação de "desminagem" ao carro usado pelos atacantes.
Testemunhas
ouvidas pela BFM TV falam em dois atacantes. Um deles foi abatido, mas outro
está ainda em fuga, e estará refugiado num parque subterrâneo.
Porta-voz
do ministério do Interior já confirmou a morte de um polícia e de um dos
atacantes.
A
polícia não descarta nenhuma possibilidade, seja "crime ou
terrorismo". A Sky News diz que as autoridades estão a tratar o acidente
como um "possível ataque terrorista", e um helicóptero está a
sobrevoar a área, onde estão vinte carrinhas da brigada de intervenção.
A
troca de tiros aconteceu perto da cadeia de lojas Marks & Spencer. Todas as
lojas da avenida foram fechadas.
A
maior parte das ruas próximas do local estão fechadas e três estações de metro,
George V, Franklin Roosevelt e Champs-Elysees-Clemenceau, foram fechadas por
motivos de segurança.
Os
principais atores políticos já estão a reagir no Twitter, enviando mensagens de
condolências.
Detidos
a 18 de abril
Na
terça-feira, dois homens de 23 e 29 anos, suspeitos de prepararem um atentado
"iminente", foram detidos em Marselha, no sul de França.
Os
dois homens são "suspeitos de uma iminente passagem à ação", precisou
uma das fontes.
Os
suspeitos foram detidos pelos serviços de informação internos no quadro de uma
investigação por associação criminosa terrorista, aberta em Paris.
Os
dois detidos tinham um projeto de atentado para "os próximos dias em solo
francês", disse o ministro do Interior, Matthias Fekl, numa conferência de
imprensa.
Buscas
em Marselha permitiram encontrar "elementos para materializar o
ataque" e estão em curso "operações de segurança", adiantou.
Os
dois homens eram "conhecidos devido à sua radicalização" e já estiveram
presos por factos sem caráter terrorista, segundo uma fonte próxima da
investigação.
"Tudo
está a ser feito para garantir a segurança deste grande evento para a nossa
República" que é a eleição presidencial, assegurou o ministro, assinalando
"um risco terrorista que continua a ser maior que nunca".
Mais
de 50.000 polícias, apoiados pelos militares da operação Sentinela, serão
mobilizados para garantir a segurança das eleições no domingo, nomeadamente nos
67.000 locais de voto.
A
França tem sido particularmente visada por atentados terroristas, fazendo parte
dos países que intervêm na Síria contra o grupo extremista Estado Islâmico. Os
dois últimos ataques visaram militares, embora sem os matar, no museu do Louvre
e no aeroporto de Orly, em Paris.
Cinco
projetos de atentados foram descobertos desde o início do ano, enquanto o ano
passado o seu número foi de 17, disse em março o anterior ministro do Interior,
Bernard Cazeneuve.
Instaurado
após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris, que causaram 130 mortos,
o estado de emergência tem vindo a ser prolongado e está em vigor até ao verão,
tendo em conta as presidenciais e as legislativas em junho.
Diário
de Notícias | Foto REUTERS/Christian Hartmann
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