Isso
e pode ser que chova. Rezemos.
Ana
Alexandra Gonçalves*
Percebe-se
que Assunção Cristas se sente galvanizada com os resultados obtidos em Lisboa;
compreende-se que Cristas se sinta satisfeita por ninguém falar de Paulo
Portas; compreende-se ainda que a líder do CDS encontre particular felicidade
no facto de, perante o quase vazio de poder no PSD e face ao enfraquecimento do
maior partido de direita, o seu próprio partido tenha vindo a sentir um novo
alento. Mas não resistir a tanta demagogia sobretudo em tempos difíceis não a
engrandece como a ex-ministra da Agricultura e afins poderá pensar.
Enquanto
foi ministra o seu Governo aplicou cortes nas florestas e incrementou a
plantação de eucalipto com as consequências que todos conhecemos, e nos
intervalos rezava para que chovesse.
Agora,
emproada na bancada da oposição, sente que vale tudo para deitar o Governo
abaixo e sente sobretudo que este seria o melhor momento para que isso
acontecesse: tem do seu lado os resultados positivos das autárquicas, a par de
um PSD em gestão, à espera de um novo líder.
Assunção
Cristas procura assim brilhar, o mais que conseguir. A demagogia, aplicada em
tempos difíceis, é instrumento de políticos medíocres, mas à falta de melhor
serve. Entretanto e se tudo se complicar, designadamente com o PSD a recuperar
o seu espaço, reza-se para minimizar os estragos. Por enquanto é saborear os
acontecimentos e esperar que todos se continuem a esquecer de Paulo Portas, rei
dos submarinos e da demagogia.
*Ana
Alexandra Gonçalves | Triunfo da Razão
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